MST-PR inicia Marcha em Foz do Iguaçu

Nesta terça-feira (19/5), os cerca de 200 trabalhadores e trabalhadoras da Marcha pela Reforma Agrária e contra a Crise, da coluna do Oeste, realizaram uma caminhada até a praça da prefeitura de Foz do Iguaçu, onde às 10h aconteceu o ato de largada da coluna. Neste momento, os Sem Terra seguem para São Miguel do Iguaçu, onde participarão de debates em escolas e comunidades. Amanhã, a marcha passará pelas cidades de Medianeira e Matelândia.

Os 200 marchantes da coluna do Norte, que saíram de Porecatu na manhã de segunda-feira (18/5), chegaram na tarde de hoje à cidade de Londrina. Nesta quarta-feira (20/5) pela manhã, os marchantes realizarão uma panfletagem no calçadão da cidade e, no restante do dia, participarão de debates nas universidades, escolas e pastorais sociais.

A marcha faz parte de um Mutirão nacional que irá debater a crise econômica e um Projeto Popular para o Brasil, empunhando o lema Trabalhadores e trabalhadoras não pagarão pela crise!.

No Paraná, são cerca de 400 trabalhadores e trabalhadoras do MST, juntamente com a Via Campesina e da Assembléia Popular, organizados em duas colunas, que irão atravessar o estado, dialogando com a população sobre a realização da Reforma Agrária, como uma alternativa para crise econômica.

A caminhada segue em direção à capital paranaense e a chegada está prevista para o início de junho.

Contexto

Ao longo dos anos os trabalhadores vêm produzindo riquezas, que são apropriadas pelos donos de terras, empresas, fábricas e bancos. No entanto, este sistema, sustentado pela exploração dos trabalhadores e destruição dos recursos naturais, entra novamente em colapso. E neste momento, os movimentos sociais, sindicatos e entidades de defesa dos trabalhadores, denunciam que, mais uma vez, os patrões e governos querem fazer com que os trabalhadores paguem a conta, realizando demissões em massa, cortando direitos trabalhistas e sociais, para manter suas altas taxas de lucro.

Segundo Izabel Grein, da coordenação nacional o MST, na luta contra essa exploração, o MST, a Via Campesina e a Assembléia Popular realizam um mutirão de debate para a construção de um Projeto Popular que contemple a bandeira de todos os trabalhadores brasileiros.

Os movimentos cobram agilidade no processo de Reforma Agrária, como uma saída para os trabalhadores neste momento de crise, e denunciam o desemprego causado pelo agronegócio.

Atualmente, há cerca de 100 mil famílias acampadas em todo país. Somente no Paraná são aproximadamente 7 mil famílias, vivendo sob barracas de lona, em latifúndios improdutivos e beiras de estradas.

Durante o trajeto os marchantes passarão por várias cidades do estado, parando em locais como: escolas, paróquias, sindicatos, empresas e bairros para realizar debates com a população.

A coluna do Norte segue pelos municípios, de Bela Vista do Paraíso, Londrina, Rolândia, Arapongas, Marialva, Sarandi, Maringá, Mandaguari, Jandaia do Sul, Apucarana, Marilândia, Ortigueira, Imbaú, Ponta Grossa, Campo Largo e Curitiba.

Enquanto a coluna do Oeste seguirá por Foz do Iguaçu, Medianeira, Matelândia, Cascavel, Ibema, Nova Laranjeira, Laranjeiras do Sul, Cantagalo, Guarapuava, Irati, Palmeiras, Campo Largo e Curitiba.