MST ocupa Fazendas Antoniazzi em São Gabriel

Cerca de 350 famílias Sem Terra ocuparam no início desta tarde (9/9) as Fazendas Antoniazzi, em São Gabriel, no Rio Grande do Sul. As famílias saíram em marcha pela manhã do Acampamento Elton Brum da Silva, que fica na RS 290, e caminharam em torno de 15 km até as áreas. As famílias que marcharam são as mesmas que foram despejadas no último dia 21/9 da fazenda Southall, em que o trabalhador Elton Brum da Silva – que hoje dá nome ao acampamento – foi morto com um tiro de espingarda nas costas por um policial.

Cerca de 350 famílias Sem Terra ocuparam no início desta tarde (9/9) as Fazendas Antoniazzi, em São Gabriel, no Rio Grande do Sul. As famílias saíram em marcha pela manhã do Acampamento Elton Brum da Silva, que fica na RS 290, e caminharam em torno de 15 km até as áreas. As famílias que marcharam são as mesmas que foram despejadas no último dia 21/9 da fazenda Southall, em que o trabalhador Elton Brum da Silva – que hoje dá nome ao acampamento – foi morto com um tiro de espingarda nas costas por um policial.

O objetivo é pressionar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Justiça Federal de Santana do Livramento (RS) a desapropriarem as Fazendas Antoniazzi. A área teve seu processo de desapropriação suspenso pelo juiz Belmiro Krieger, que voltou atrás de sua decisão e iria conceder a imissão de posse das fazendas. No entanto, o Incra e o governo federal desistiram das áreas.

As famílias sem terra também querem que o Incra desaproprie mais áreas a fim de assentar todas as 2 mil famílias que estão acampadas em beira de estrada no estado. Para isso, o MST exige mudanças na política de aquisição de terras para a reforma agrária no RS. Se o governo federal tem dinheiro para renegociar a dívida do agronegócio, deve também ter dinheiro para fazer a reforma agrária e investir na infra-estrutura dos
assentamentos.

Antoniazzi

Nas fazendas Antoniazzi, que somam sete mil hectares, podem ser assentadas em torno de 400 famílias sem terra. O MST exige que o Incra e o governo federal desapropriem a área para a reforma agrária e que também assentem as duas mil famílias acampadas no estado.