Juventude, o motor das mudanças sociais

Do Jornal Sem Terra Especial Juventude A juventude sempre foi um dos grandes motores das lutas progressistas no Brasil e no mundo. Jovens militantes também ajudaram a construir o nosso Movimento. Hoje somos muitos jovens nos acampamentos e assentamentos do MST em todo país. Estima-se que somos cerca de 500 mil em nossas áreas, a maioria nas escolas e também nos espaços de militância. Essa é sem dúvida uma das grandes forças do nosso Movimento. A tarefa da juventude do MST é contribuir para a luta do Movimento como um todo.


Do Jornal Sem Terra Especial Juventude


A juventude sempre foi um dos grandes motores das lutas progressistas no Brasil e no mundo. Jovens militantes também ajudaram a construir o nosso Movimento.

Hoje somos muitos jovens nos acampamentos e assentamentos do MST em todo país. Estima-se que somos cerca de 500 mil em nossas áreas, a maioria nas escolas e também nos espaços de militância.

Essa é sem dúvida uma das grandes forças do nosso Movimento. A tarefa da juventude do MST é contribuir para a luta do Movimento como um todo.

Nesse sentido, precisamos colocar o boné do Movimento, levantar as bandeiras vermelhas e construir mais essa jornada.

O agronegócio é um modelo que não se interessa pela produção de alimentos, que não se interessa pela Reforma Agrária e, portanto, por uma proposta de desenvolvimento do campo que democratize a posse e o uso da terra. Nesta conjuntura, a juventude é atingida diretamente.

O início da discussão sobre Juventude e o MST se deu, de forma mais específica, nos encontros de jovens feitos na Unicamp de 2000 a 2002, onde muitos jovens militantes Sem Terra estavam reunidos e organizados.

Em 2005, a Marcha Nacional pela Reforma Agrária, em que 60% de participantes eram jovens, mostrou a necessidade de se debater este setor com mais afinco.

A origem do coletivo de juventude do MST remete à realização do Seminário de Juventude da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) em junho de 2006, além dos Seminários de Juventude da Via Campesina, realizados em 2006 e 2007 na ENFF.

O diálogo constante com a juventude da cidade é visto como estratégico para as lutas dos jovens do campo.

A relação com a sociedade no campo, fortalecendo a Via Campesina Brasil e internacional e na cidade, com as articulações de estudantes, sindicatos, e jovens das periferias são considerados necessários para a organicidade política do setor.

Os desafios principais são a formação política, diretamente ligada com a organicidade interna do Movimento; a massificação da luta pela terra e a necessidade de criar novos acampamentos; assentamentos que priorizem a ação militante para que se possa organizar a economia, discutindo o nosso programa agrário como instrumento de formação.

Abaixo, veja algumas lutas que contaram com a participação fundamental da juventude, no século 20.

1918
Movimento de luta por democracia na Universidade. Começou em Córdoba (Argentina) e se espalhou pela América Latina.

1947-1953
Os estudantes lutaram na campanha “O Petróleo é Nosso”, que
resultou na criação da Petrobras e no monopólio da União sobre as reservas de petróleo, contra o interesse das empresas estrangeiras.

1959
A revolução cubana foi levada a cabo pelos jovens revolucionários
do Movimento 26 de julho. Cienfuegos, Guevara, Fidel, toda uma geração que este à frente das mudanças no país. Como escreveu o escritor francês Jean-Paulo Sartre: “Aqueles jovens não podiam dormir”.

1968
O “Maio de 1968” aconteceu na Europa, México, Argentina, quando os estudantes e operários tomaram as ruas e reivindicaram um mundo livre. Foi o apogeu da luta dos anos 1960: movimentos de libertação nacional, lutas antiimperialistas contra a Guerra do Vietnã, lutas feministas.

1979
Com a luta pelo fim da ditadura civil-militar, no Brasil, inicia-se a reconstrução da UNE, a União Nacional dos Estudantes. Em 1984, a entidade participou da Campanha das “Diretas Já”. Ao lado do MST, PT e CUT, UNE consolida-se como uma ferramenta de luta nacional.

1999
Jovens de diferentes movimentos, organizações e países vão às ruas de Seattle (EUA) contra a reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC). Um fenômeno que se repetiria em vários outros paises, onde os “senhores do capital financeiro” estiverem reunidos.

2003-2005
Em 2003, um movimento com forte caráter espontâneo surgiu em Salvador, conhecido como “Revolta do Buzu”. Um ano depois, surge o Movimento Passe-Livre (MPL), na cidade de Florianópolis, contra o aumento dos preços e por melhores condições de transporte.

2008
Primeiro Encontro Nacional da Juventude do Campo e da Cidade, no Rio de Janeiro