Assentados criam cooperativa em assentamento no Maranhão

Por Reynaldo Costa Da Página do MST Para os trabalhadores rurais do Assentamento Califórnia, em Açailândia, no Maranhão, o lema “Para avançar na produção tem de ter cooperação” vai além do seu significado original e se torna síntese de um processo de um ano de avaliação sobre a produção do assentamento. Depois de mais de um ano de estudos e avaliações da situação da produção do assentamento, a comunidade avaliou que a cooperação é uma das saídas para melhorar a produção e, consequentemente, a vida das famílias ali assentadas.


Por Reynaldo Costa
Da Página do MST

Para os trabalhadores rurais do Assentamento Califórnia, em Açailândia, no Maranhão, o lema “Para avançar na produção tem de ter cooperação” vai além do seu significado original e se torna síntese de um processo de um ano de avaliação sobre a produção do assentamento.

Depois de mais de um ano de estudos e avaliações da situação da produção do assentamento, a comunidade avaliou que a cooperação é uma das saídas para melhorar a produção e, consequentemente, a vida das famílias ali assentadas.

Como resultado desse processo, os trabalhadores rurais passaram a discutir a criação de uma cooperativa de produção.

Depois de oito meses, foi criado neste domingo a Cooperativa de Produção Agropecuária do Assentamento Califórnia (Coopac).

A Coopac é a terceira cooperativa de base produtiva dos assentamentos da Reforma Agrária no estado do Maranhão.

A cooperativa terá como base a produção de leite, urucum e frutas, visando beneficiar não apenas as famílias do assentamento, mas as comunidades rurais vizinhas.

Para Francisco de Pinho, presidente eleito da cooperativa, “o futuro da produção do assentamento está nas mãos dessa cooperativa, pois muito já tentamos fazer para avançar na produção. A cooperação é a nossa cartada”.

Na assembléia de fundação da Coopac, os assentados que dela participam assumiram de forma estatutária o compromisso de fortalecer a luta pela Reforma Agrária no estado.

“Uma cooperativa de um assentamento não é apenas uma empresa para produção, mas um instrumento de luta pela Reforma Agrária”, analisa Edilton Neto, do setor de produção do MST, que participou da atividade.