MST marca presença na Feira da Economia Solidária na UFPA

Por João Márcio Da Página do MST A Universidade Federal do Pará (UFPA), campus I Marabá, amanheceu diferente no dia 20 de outubro.Não por suas árvores estarem mais verdes, decorrente da chuva que se iniciou na madruga e parou apenas no início da tarde, marcando o princípio do inverno amazônico. Estava diferente porque amanheceu ocupada em seus diversos espaços por barracas da Feira de Empreendimentos Populares - FEP- cujo lema "Construindo Diálogos Sobre a Economia Solidária", dá o recado aos visitantes, que

Por João Márcio
Da Página do MST

A Universidade Federal do Pará (UFPA), campus I Marabá, amanheceu diferente no dia 20 de outubro.Não por suas árvores estarem mais verdes, decorrente da chuva que se iniciou na madruga e parou apenas no início da tarde, marcando o princípio do inverno amazônico. Estava diferente porque amanheceu ocupada em seus diversos espaços por barracas da Feira de Empreendimentos Populares – FEP- cujo lema “Construindo Diálogos Sobre a Economia Solidária”, dá o recado aos visitantes, que
pode visitar as mais variadas produções, desde alimentícias até artesanais.

Realizada entre os dias 20 e 22 de outubro, a FEP tem o objetivo de promover a interação entre os grupos que desenvolvem atividades econômicas de maneira coletiva, proporcionando no espaço universitário a comercialização de seus produtos, além da troca de saberes.

Outra intenção do evento é a valorização do debate sobre a economia solidária na região sul e sudeste do estado Paraense. Assim, conta com a presença de diversos grupos da área urbana e rural de Marabá e municípios vizinhos.

Entre estes, marca presença, a Associação das Mulheres Oriundas da Reforma Agrária (AMORAS), constituídas desde 1997, no assentamento 1º de Março, do MST. Um grupo de 25 assentadas que organizou formas de produção artesanal com os restos “naturais da Amazônia”, diz umas das
integrantes, Rosilene Cereija Ferreira.

Tudo se aproveita

Tudo é aproveitado pelas assentadas da associação para fazer pulseiras, correntes, colares, bonecas, tricô, chaveiros e arranjos de açaí, como a casca de coco, casca de pau preto*, semente de abacaba*, palha de buriti*, babaçu* e logicamente o açaí.

Ferreira explica que a produção é vendida em encontros da militância do MST, a cada quinze dias, na Feira do Produtor em Parauapebas, município a aproximadamente 250 km de São João do Araguaia, onde fica o assentamento, além de feiras populares e diversos eventos em universidades.

Deste modo, a AMORAS, mostra os mais diversos benefícios da Reforma Agrária, pois para Ferreira, “depois que tivemos nosso pedaço de terra e aprendemos a nos organizar, ficou muito mais fácil para termos nosso ganha pão e uma vida digna”.

*Abacaba:Fruta parente do Açaí, típica da região Amazônica.

*Buriti:Palmeira típica da região do Cerrado, Pantanal e Amazônica.

*Babaçu:Palmeira de frutos oleaginosas e comestíveis.

*Pau Preto:Árvore de 8 a 12 metros de altura, conhecida pela sua resistência, por isso suas lascas e cascas são muito utilizadas em artesanatos.