Primeira turma de administração da Via Campesina se forma em Minas Gerais

 

 

Por Regilma de Santana e Letícia Barqueta
Educandas da Turma marco da Resistência
Para a Página do MST

 

“A educação, qualquer que seja, é sempre uma teoria do conhecimento posta em prática”. Foi com essa frase do educador Paulo Freire que se iniciou a mística de encerramento da primeira turma nacional de Administração da Via Campesina, a Turma Marco da Resistência, no dia 23 de junho, em Belo Horizonte (MG).

Formaram-se no Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix 38 educandas e educandos das áreas de assentamentos e acampamentos do MST e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

Os educandos voltam para os assentamentos da Reforma Agrária em 16 estados, Rondônia, Pará, Maranhão, Ceará, Espírito Santo, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Piauí, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Distrito Federal.

A turma Marco da Resistência é fruto da parceria entre Pronera, Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, e os movimentos sociais. Teve início em 2005, na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em São Paulo, em parceria com a Fundação Sandro André, que não terminou.

Em 2008 após muitas lutas e negociações, os movimentos conseguiram firmar a parceria com o Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, para dar continuação ao Curso de Administração para trabalhadores e trabalhadoras do campo.

Foram seis anos de luta, marchas, acampamentos e mística para manter o ânimo e a certeza de que vale a pena lutar pelo direito à educação, e que essa educação seja de fato um processo de construção e conquista coletiva.