MST denuncia expulsão de assentados para construção de Eike Batista no Rio

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Alan Tygel
Especial para a Página do MST

 

 

Mais de 200 famílias do MST montaram um acampamento em frente ao Incra, na cidade do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (24/8). O movimento cobra o assentamento das famílias acampadas. Desde 2007, não acontece nenhuma desapropriação de terras no estado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Alan Tygel
Especial para a Página do MST

 

 

Mais de 200 famílias do MST montaram um acampamento em frente ao Incra, na cidade do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (24/8). O movimento cobra o assentamento das famílias acampadas. Desde 2007, não acontece nenhuma desapropriação de terras no estado.

O Sem Terra se concentraram na Cinelândia, onde fizeram um ato em conjunto com partidos políticos e movimentos urbanos. De lá, seguiram em marcha até a sede da EBX, empresa de Eike Batista, no Passeio Público.

Os manifestantes denunciam que, entre os diversos ataques ao meio ambiente e à populações tradicionais, um dos novos empreendimentos de Eike desalojará mais de 200 famílias, com a construção de uma rodovia por dentro de um assentamento em Campos.

“Para o Eike Batista, é chegar em casa e achar o prato dele prontinho, enquanto o trabalhador dos assentamentos tem que trabalhar e mandar comida para a cidade”, reclamou o camponês Gélson Hulk, do assentamento Zumbi dos Palmares, que deve ser atingido pelas obras  do porto do Açú.

 

Ao chegar à portaria da empresa, os seguranças fecharam as portas de vidro. A manifestação pacífica prosseguiu do lado de fora, com denúncias às consequências das obras do empresário no Rio de Janeiro.

Dois representantes conseguiram entrar na portaria, entregar e protocolar uma carta a Eike Batista. A entrada foi mediada por um policial militar, que também entrou no prédio.

Segundo a economista do PACS, Sandra Quintela, Eike também está em Minas Gerais explorando as minas de ferro em Conceição do Mato Dentro e prejudicando as nascentes d’água. “Por que um multimilionário precisa de ajuda do BNDES?”, questionou.

Após o termino do ato, os Sem Terra voltaram ao acampamento para mais uma atividade. Foi exibido no local o filme “O Veneno está na mesa”, de Sílvio Tendler. Antes da exibição, foi feita uma apresentação da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida. Os agricultores foram convidados a aderir à campanha e fazer a luta para eliminar os agrotóxicos do país.
 

 

(Fotos de Henrique Fornazin)