Acusados de assassinato de casal de ambientalistas vão a júri popular no Pará

 

Por Felipe Milanez
Da Carta Capital


Em tempo recorde para os padrões locais, a Justiça paraense transformou em réus e mandou a Júri os acusados do assassinato do casal de ambientalistas, José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo. O crime foi cometido em 24 de maio de 2011, e os acusados de ser o mandante, José Rodrigues, e um dos executores, seu irmão Lindonjonson, foram presos em 18 de setembro. Alberto Nascimento, outro acusado, foi preso em seguida.

 

Por Felipe Milanez
Da Carta Capital


Em tempo recorde para os padrões locais, a Justiça paraense transformou em réus e mandou a Júri os acusados do assassinato do casal de ambientalistas, José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo. O crime foi cometido em 24 de maio de 2011, e os acusados de ser o mandante, José Rodrigues, e um dos executores, seu irmão Lindonjonson, foram presos em 18 de setembro. Alberto Nascimento, outro acusado, foi preso em seguida.

Segundo o juiz Murilo Simão, da comarca de Marabá, os acusados foram pronunciados no crime de homicídio triplicamente qualificado: motivo torpe (disputa pela posse de terra), meio cruel (uma das orelhas da vítima José Cláudio foi cortada pelos pistoleiros quando ainda estava vivo) e recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa das vítimas (crime praticado mediante emboscada).

Se condenados pelo tribunal do júri os acusados poderão pegar pena máxima de até 60 anos de prisão cada.

A expectativa do advogado José Batista Afonso, da Comissão Pastoral da Terra, é que o Júri seja transferido para Belém, em razão da ambiente de insegurança que pode ocorrer na cidade em Marabá sobre os jurados.

Laisa Santos Sampaio, irmã da vítima Maria do Espírito Santo, tem recebido constantes ameaças de morte no assentamento onde vive, e onde o casal foi assassinado. Ela anda sem escolta de segurança, apesar de reiterados pedidos.