Camponesas ocupam Ibama em Maceió por veto às mudanças no Código Florestal


Por Rafael Soriano
Da Página do MST



Cerca de 1.200 trabalhadoras rurais ocuparam a sede do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Maceió (AL), na manhã desta quinta-feira (8/3).

A ocupação do Ibama denuncia os riscos da aprovação das alterações no Código Florestal, orientadas pelo setor ruralista, ao passo que cobram da Presidenta Dilma seu compromisso em vetar integralmente o projeto.


Por Rafael Soriano
Da Página do MST

Cerca de 1.200 trabalhadoras rurais ocuparam a sede do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Maceió (AL), na manhã desta quinta-feira (8/3).

A ocupação do Ibama denuncia os riscos da aprovação das alterações no Código Florestal, orientadas pelo setor ruralista, ao passo que cobram da Presidenta Dilma seu compromisso em vetar integralmente o projeto.

Entre estes pontos polêmicos, encontra-se a anistia para os desmatadores, que, segundo o texto encaminhado do Senado de volta para aprovação na Câmara, deixam de ter obrigação de recompor Reserva Legal desmatada até 2008.

A área devastada (e sem compromisso de recomposição) gira em torno de 135 milhões de hectares em todo país, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A ocupação dá largada às ações da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres da Via Campesina no estado. Em Alagoas acampadas e assentadas de todas as regiões do Estado estão na capital. As mulheres Sem Terra de todo país estão nas ruas para cobrar a realização da Reforma Agrária por parte do Estado brasileiro.

As mulheres cobram também mais agilidade nas Licenças Ambientais para consolidação de assentamentos e a recuperação de passivos ambientais herdados do agronegócio. Em contraposição ao modelo agroexportador, que privilegia a devastação ambiental, a Via Campesina defende a realização de uma Reforma Agrária Popular.

As mulheres reivindicam o assentamento de todas as famílias acampadas no país (em torno de 186 mil) e a garantia de orçamento e decisão política para realização da Reforma Agrária.

Em Alagoas, com pautas direcionadas ao Instututo Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e governo do estado, as manifestantes trazem uma série de reivindicações, com pontos como a legalização imediata das terras do falido Produban.