Sem Terra trancam rodovias, liberam pedágio e ocupam Incra em Minas

 

 

Da Página do MST


Diversas ações ocorreram nesta terça-feira (17) no estado de Minas Gerais para remomorar e cobrar punição ao Massacre de Eldorado dos Carajás, como ocupação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), trancamento de rodovias e liberação de pedágios.

 

 

Da Página do MST

Diversas ações ocorreram nesta terça-feira (17) no estado de Minas Gerais para remomorar e cobrar punição ao Massacre de Eldorado dos Carajás, como ocupação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), trancamento de rodovias e liberação de pedágios.

Em Belo Horizonte, por exemplo, cerca de 100 pessoas do MST ocuparam a sede do Incra. O Movimento cobra o assentamento das 2.700 famílias acampadas no estado e reivindica políticas de melhorias para os assentamentos, como assistência técnica, políticas de educação e infraestrutura.

“Há  um convênio acordado com a Ruralminas para a construção de estradas no assentamentos, mas está parado. Falta apenas o Incra liberar recurso para começar”, cobra Vânia Maria de Oliveira, da direção estadual do MST.

Liberação de Pedágios

Outra ação se deu próximo ao município de Perdões, quando 900 militantes do MST e da Articulação dos Empregados Rurais de Minas Gerais (ADERE) liberaram o pedágio da rodovia federal Fernão Dias,no sentido São Paulo a Belo Horizonte, deixando o passe rápido aberto, isentando, assim, toda a população de pagar as altas taxas para deslocamento.

O MST e ADERE reivindicam o cumprimento do convênio entre os governos Dilma e governador Anastasia, que permite a imediata desapropriação da Usina Ariadnópolis em Campo do Meio, uma luta que já se prolonga há mais de 14 anos. Também exige a posse imediata do latifúndio improdutivo Fortaleza de Santana, em Goiana, na Zona da Mata.

Juntas, estas duas propriedades podem assentar mais 600 famílias, que terão garantidas sua dignidade e qualidade de vida. A passagem livre dos pedágios da rodovia Fernão Dias tem como objetivo a abertura das negociações com os governos.



Norte de Minas

Mais de 200 pessoas do MST, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e Comissão Pastoral da Terra (CPT) paralisaram a BR 365, em Jequitaí, Norte de Minas Minas Gerais. Esta mobilização faz parte do abril Vermelho da Região Norte de Minas, que denuncia a violência do latifúndio e a violação dos direitos humanos nos grandes projetos, como no caso do Projeto Jequitaí e do Gorutuba, desenvolvido pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba,
(CODEVASF).

As famílias reivindicam o assentamento dos acampados que estão há mais de seis anos em Jequitaí. Como os atingidos pela barragem do Projeto Jequitaí reivindicam o reassentamento para todos em condições de sobrevivência exigindo o diálogo com a CODEVASF.

Além disso, denunciam os jagunços fortemente armados que estão na fazenda Correntes. Área de interesse dos sem terras e atingidos, envolvida em várias denúncias, mas que continua na mão da família Azeredo.

Carajás

Os atos políticos fazem parte da Jornada de Lutas pela Reforma Agrária que acontece sempre no mês de abril. Ao mesmo tempo outras rodovias estão sendo trancadas em todo Brasil como forma de manifestar a indignação perante os assassinatos dos 19 companheiros no Massacre de Eldorado dos Carajás – PA. Até hoje, nenhum dos responsáveis foi punido pelo Judiciário brasileiro. Em Minas, neste momento mais de 200 pessoas do MST, MAB e CPT estão paralisando a BR 365, em Jequitaí, no Norte do estado e outras 70 estão na BR 116, no Vale do Rio Doce.

As famílias também denunciam o Massacre ocorrido em Felisburgo, onde 5 companheiros do acampamento Terra Prometida foram assassinados, e 20 foram gravemente feridos. Já se passaram 8 anos e o mandante do crime, Adriano Chafik, e seus jagunços permanecem em liberdade.