MST faz vigília em frente ao STF; Toffoli recebe os trabalhadores rurais


Por Camila Bonassa e Fabio Reis
Da Pàgina do MST

 

Nesta terça-feira (17), os Sem Terra acampados em frente ao Ministério do Desenvolvimento Agrário se deslocaram em marcha rumo ao Supremo Tribunal Federal.


Por Camila Bonassa e Fabio Reis
Da Pàgina do MST

 

Nesta terça-feira (17), os Sem Terra acampados em frente ao Ministério do Desenvolvimento Agrário se deslocaram em marcha rumo ao Supremo Tribunal Federal.

Os trabalhadores e trabalhadoras cobraram do STF a agilidade nos processos judiciais que tramitam naquela Corte. O principal objetivo era denunciar os 16 anos de impunidade dos envolvidos no Massacre de Eldorado dos Carajás e mostrar que violações dos direitos humanos dos trabalhadores rurais, quilombolas e indígenas ainda são recorrentes em nosso país. A demora no julgamento dos processos alimenta, ainda mais, a injustiça e a impunidade.

Nas grades que rodeiam o STF, os manifestantes deixaram cruzes e velas acesas representando os trabalhadores e trabalhadoras que foram assassinados no campo.

A vigília aconteceu enquanto uma comissão era recebida pelo ministro Dias Toffoli. Além do MST, estavam presentes o senador Lindberg Farias e representantes da Organização de Direitos Humanos “Terra de Direitos” e do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar).

Entre os pontos apresentados ao ministro Toffoli estão o cumprimento das penas pelos condenados pelo Massacre de Eldorado dos Carajás, o reconhecimento pelo Estado brasileiro das propriedades dos remanescentes de quilombos (em votação hoje) e a retomada do julgamento do processo de autoria do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil que garante o direito à memória, justiça e verdade em nosso país.

Presente na reunião, o Sem Terra conhecido como Doutor relatou ao ministro sua experiência como sobrevivente do Massacre de Eldorado dos Carajás. Segundo avaliação da comissão, a reunião com o ministro Dias Toffoli foi muito positiva e o magistrado se comprometeu em transmitir ao presidente do STF a pauta apresentada pelo MST

De acordo com Vilson Santin, da direção nacional do MST, “é extremamente relevante o fato de o MST ter sido recebido por um ministro do Supremo num contexto de jornada de lutas”. Para ele, por a pauta não apresentar somente pontos de interesse dos trabalhadores rurais, reforça “a solidariedade entre sem terra, quilombolas e indígenas”.