Sem Terra realizam jornada estadual em defesa do assentamento Milton Santos

 

 

Da Página do MST

 

Cerca de 150 famílias acampadas do MST realizaram nessa segunda-feira (28/1) ocupações nas sedes do Incra em Teodoro Sampaio e Mirante do Paranapanema, localizadas na região do Pontal. As ocupações ocorrem principalmente em defesa das famílias do assentamento Milton Santos, em Americana, que correm o risco de ser despejadas após oito anos vivendo no local e produzindo alimentos saudáveis, livres de venenos, para o mercado local. 

 

 

Da Página do MST

 

Cerca de 150 famílias acampadas do MST realizaram nessa segunda-feira (28/1) ocupações nas sedes do Incra em Teodoro Sampaio e Mirante do Paranapanema, localizadas na região do Pontal. As ocupações ocorrem principalmente em defesa das famílias do assentamento Milton Santos, em Americana, que correm o risco de ser despejadas após oito anos vivendo no local e produzindo alimentos saudáveis, livres de venenos, para o mercado local. 

Segundo Ricardo Barbosa, da direção estadual do MST, as famílias permanecerão ocupadas até que haja algum desfecho concreto na situação do Milton Santos. O despejo está marcado para esta quarta-feira (30/1); no entanto, o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Carlos Guedes, garantiu que o despejo não ocorrerá. “O governo vai fazer de tudo para manter o assentamento e as famílias que estão lá”, afirmou em reunião com as famílias do Milton Santos que ocupavam o Incra de São Paulo na quinta passada (25/1).

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As ocupações no pontal exigem que a presidenta Dilma assine o decreto de desapropriação por interesse social do Milton Santos, que, segundo Nilcio Costa, militante e advogado do MST, é a única forma de resolver o impasse jurídico no assentamento. “Por mais que se consiga suspender a reintegração de posse hoje, daqui a alguns anos o problema retornaria”. 

Apesar de ser reconhecido como assentamento pelo (Incra) desde 2006, em 28 de novembro de 2012 a área do Sítio Boa Vista, onde se localiza o Assentamento Milton Santos, foi devolvida pela Justiça à família Abdalla, seus antigos proprietários.  As famílias do Pontal também denunciam o retrocesso da Reforma Agrária e pedem que o assassino de Cícero Guedes, coordenador do MST na área da Usina Cambahyba, seja julgado e punido.

Outras ações – Em Ribeirão Preto, a rodovia Anhanguera foi trancada na altura do km 340 (Sales Oliveira). No município de Apiaí, o movimento também realizaou um trancamento de rodovia. 

 

Na manhã dessa terça (29/01), militantes e famílias assentadas na região de Andradina realizaram sucessivos trancamentos da rodovia Marechal Rondon, próximo ao distrito de Paranápolis. Segundo Viviane dos Santos, da direção estadual, essa forma foi adotada com o intuito de alcançar maior visibilidade para o caso do assentamento Milton Santos. “Assim como o Milton Santos, há outras áreas consolidadas correndo risco, aqui na nossa região. São conquistas da nossa luta, que não podem ser perdidas assim”, afirma.

Todas as ações compõem a Jornada Estadual de Luta e resistência em defesa da Reforma Agrária, iniciada por ocasião do decreto de reintegração de posse do Assentamento Milton Santos, em Americana.