Primeira turma de Arte-Educação do MST se forma em Teresina

 

Por Jade Percassi
Da Página do MST

 

Na última sexta-feira (19/07), foi realizada no Centro de Ciências da Educação da Universidade Federal do Piauí a formatura da primeira turma do curso de Graduação em Arte-Educação, com objetivo de formar professores que possam trabalhar nas escolas e projetos educacionais de assentamentos da Reforma Agrária.

 

Por Jade Percassi
Da Página do MST

 

Na última sexta-feira (19/07), foi realizada no Centro de Ciências da Educação da Universidade Federal do Piauí a formatura da primeira turma do curso de Graduação em Arte-Educação, com objetivo de formar professores que possam trabalhar nas escolas e projetos educacionais de assentamentos da Reforma Agrária.

O curso teve início oficialmente em 2007, foi desenvolvido em parceria do Movimento MST com o Programa de Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA) e a UFPI, além de contar com educandos da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

A cerimônia foi marcada por intervenções musicais e poemas, com a quebra de protocolo por parte do pró-reitor de cultura e extensão, Prof. Dr. Miguel Ferreira Cavalcante Filho, que emocionou-se ao trazer dados alarmantes sobre as dificuldades enfrentadas pelas famílias assentadas e reivindicar a ampliação de políticas públicas para a implementação da Reforma Agrária. 

Segundo a integrante da equipe pedagógica do curso, a professora homenageada da UnB Izabel Brunacci, “Coragem e empenho foram a síntese do percurso formativo destes educandos e educandas, que diante de tantos obstáculos conseguiram chegar à conclusão do curso”.

“Além de formar arte-educadores habilitados para o trabalho nas escolas e espaços educativos das áreas de assentamentos e acampamentos da reforma agrária, esse curso nos permitiu qualificar a atuação militante destes valorosos companheiros e companheiras, cultivando valores como a disciplina e a solidariedade que garantiram a persistência até o dia de hoje”, afirmou em seu discurso Evelaine Martines, paraninfa da turma e militante do coletivo de cultura do MST. 

Os educandos e educandas, agora arte-educadores, também prestaram homenagem ao companheiro Gilvan Santos, militante e compositor do movimento que foi fundamental no processo de construção da proposta do curso, além de grande inspiração, cantando “Não vou sair do campo pra poder ir pra escola, educação do campo é direito e não esmola”.

As defesas dos trabalhos finais, nas linhas de pesquisa Análise de obras e correntes estéticas, Indústria cultural e sociedade, Arte e política e Ensino de artes nas escolas e Cultura popular configuraram-se como um espaço de síntese dos debates acumulados ao longo do curso e apontaram desafios para a continuidade do aprofundamento da arte como instrumento da luta.

Para o formando Raul Amorim, do coletivo de Juventude do MST, “a formatura foi sem dúvida um momento importante, mas que representa apenas mais um passo; seguiremos marchando!” 

Como diz a música da turma: Arte também para questionar!