Curso de Residência Agrária insere trabalhadores rurais na USP

 

Da Página do MST

 

Nesta quinta-feira (15/08), ocorreu na Faculdade de Educação da USP (FEUSP) a abertura do 1° Curso de Residência Agrária em Educação do Campo e Agroecologia. O curso de pós graduação é uma parceria entre a universidade, o MST, Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Cnpq) e o Incra.

 

Da Página do MST

 

Nesta quinta-feira (15/08), ocorreu na Faculdade de Educação da USP (FEUSP) a abertura do 1° Curso de Residência Agrária em Educação do Campo e Agroecologia. O curso de pós graduação é uma parceria entre a universidade, o MST, Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Cnpq) e o Incra.

O curso, que funciona através da pedagogia da alternância, tem duração de dois anos e tem como objetivo debater de forma crítica o meio rural brasileiro hoje, tanto na perspectiva de se pensar e praticar um novo modelo produtivo, como a agroecologia, quanto em reflexões sobre comunicação, cultura e artes.

Além do curso em São Paulo, há mais 36 cursos sendo realizados em mais de 30 Universidades Federais. No total são 1.610 educandos inscritos.

Segundo Lizandra Guedes, do setor de educação do MST e educanda do curso, a aprovação do projeto na USP é um marco. “Esse curso tem importância histórica. Estamos há mais de 10 anos tentando realizar uma parceria com a USP, e hoje podemos dizer que a classe trabalhadora rural finalmente se faz presente em uma das universidades mais elitistas do país”.

A função do curso não é apenas de fornecer conhecimento aos estudantes, mas também de fomentar debates dentro das universidades vindos das demandas e do conhecimento do campo. 

Para a coordenadora do Pronera Clarice Santos, “os cursos precisam conquistar espaços institucionais da universidade, como congressos e debates, além de promover seus próprios debates e seminários, para fazer com que o conhecimento circule, não só dentro da USP, mas entre todas as universidades”.

O superintendente do Incra de São Paulo, Wellington Diniz, vê o curso como um importante passo para a consolidação da Reforma Agrária. “A Reforma Agrária vai para além do desenvolvimento produtivo e social do assentamento. É preciso que haja o desenvolvimento humano pela educação, por isso esse curso tem uma importância imensa”.