MST ocupa prefeitura e denuncia descaso com a Educação na BA

 
Por Wesley Lima
 
Por Wesley Lima
Da Página do MST
 
 
Cerca de 650 trabalhadores rurais Sem Terra, moradores de assentamentos e acampamentos do município de Guaratinga (BA), localizado na região do extremo sul baiano, se mobilizaram e ocuparam nesta terça-feira (28/01) a Prefeitura Municipal.
 
Os agricultores reivindicam financiamento público para melhorar as condições de ensino nas comunidades rurais.
 
Os MST encontra-se mobilizado na Prefeitura e aguarda uma resposta às denuncias realizadas da atual gestão administrativa do município.
 
A polícia militar está no local tentando negociar a desocupação, mas os trabalhadores resistem e não possuem perspectiva de saída.
 
De acordo com os trabalhadores, esta ação ocorre por conta das péssimas condições das estruturas físicas das escolas do campo, que estão fragilizando o processo metodológico adotado pelos educadores, e em conseqüência o aprendizado. 
 
Além disto, as estradas que deveriam facilitar o deslocamento das crianças até a sede municipal encontram-se sem nenhuma manutenção, cheias de buracos, o que preocupa muitos familiares.
 
Os Sem Terra denunciam também a improbidade administrativa com relação ao pagamento dos servidores da educação, que estão com três meses de salário atrasado referente ao ano letivo de 2013 e vários dos serventes, que exercem serviços gerais nas escolas, trabalham numa carga horária de 40 horas por dia, recebendo em média R$150,00 a R$200,00 reais mensais no contra cheque de professores, que repassam aos mesmos.
 
O MST vem dialogando com a Prefeitura de Guaratinga desde o ano passado à procura de soluções para os problemas já citados, porém nada mudou. Encontra-se no município cerca de quatro comunidades do MST onde vivem 700 crianças que utilizam o serviço público municipal de educação.
 
Evanildo Costa, da Coordenação Estadual do MST na Bahia, afirma que está ação reivindica não somente melhorias físicas, mas sim um processo de luta política e social no campo, que visa  implementar de maneira eficaz condições estruturais e pedagógicas nas escolas, principalmente as localizadas em Assentamento e Acampamentos.
 
Como ato de indignação à precariedade denunciada pelos agricultores, foi encaminhada uma carta ao Promotor de Direitos Públicos João Alves da Silva Neto afim de garantir reais mudanças no processo educativo municipal.
Para ler o documento do MST denunciando os problemas na educação do município, clique aqui.