Arcebispo Dom Moacir visita Alexandra Kollontai e declara apoio aos Sem Terra


Da Página do MST

O arcebispo da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Dom Moacir Silva, visitou as famílias do Acampamento Alexandra Kollontai, em Serrana (SP), na manhã desta segunda-feira (3).

Ao caminhar pela área, Dom Moacir declarou apoio às 450 famílias que estão sendo despejadas desde a última segunda-feira (31).

Da Página do MST

O arcebispo da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Dom Moacir Silva, visitou as famílias do Acampamento Alexandra Kollontai, em Serrana (SP), na manhã desta segunda-feira (3).

Ao caminhar pela área, Dom Moacir declarou apoio às 450 famílias que estão sendo despejadas desde a última segunda-feira (31).

“Minha presença e a presença da Igreja aqui é para dizer que nós estamos juntos na busca por melhorias para cada um de vocês”, disse Dom Moacir, acompanhado pelo Padre Manuel da Paróquia de Serra Azul.

O arcebispo ainda se comprometeu em escrever uma carta ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pedindo maior agilidade ao assentamento das famílias.

Desde 2012, o governador vem assumindo um compromisso junto às famílias de adjudicar a fazenda e implementar um projeto de assentamento rural. 

“Vocês estão seguindo um caminho legítimo, por isso eu vim aqui hoje, porque vocês têm o direito de ter um pedacinho de chão para produzir e para viver”, completou Dom Moacir.

Um efetivo de cerca de 200 policiais militares estão no local para garantirem a saída dos Sem Terra. As famílias que ocupam a Fazenda Martinópolis, de 1817 hectares, já estão desmontando seus barracos. 
 

Suspensão da reintegração de posse

Desde o começo da semana que as famílias Sem Terra e a Defensoria Pública do Estado aguardam a resposta da Justiça sobre a petição, entregue na segunda, solicitando a suspensão da reintegração de posse. 

O Acampamento Alexandra Kollontai existe há cerca de seis anos. Há diversos processos de execução fiscal movido contra a Usina Martinópolis, proprietária da Fazenda Martinópolis.

Um deles encontra-se em fase de realização de pericia dos bens da Usina (o prazo para encerramento da pericia é 10 de junho de 2014), incluindo a Fazenda Martinópolis, para futura adjudicação pela Fazenda Pública do Estado de São Paulo. 

Trata-se de execução fiscal por dívida declarada e não paga pela Usina Martinópolis. A dívida de R$ 300 milhões por sonegação de Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços (ICMS) ultrapassa o valor dos bens da Usina, dentre eles o imóvel rural denominado Fazenda Martinópolis.