MST ocupa Incra, Banco do Brasil e tranca duas rodovias no MS



Por Karina Vilas Boas
Da Página do MST


A sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, amanheceu ocupada pelos movimentos sociais do campo nesta segunda-feira (5), como parte das atividades da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária. 


Além do Incra, os Sem Terra também ocuparam o Banco do Brasil, em Aquidauana, e trancaram as rodovias 163 (Itaquirai) e 267 (Nova Andradina). 

Por Karina Vilas Boas
Da Página do MST

A sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, amanheceu ocupada pelos movimentos sociais do campo nesta segunda-feira (5), como parte das atividades da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária. 

Além do Incra, os Sem Terra também ocuparam o Banco do Brasil, em Aquidauana, e trancaram as rodovias 163 (Itaquirai) e 267 (Nova Andradina). 

Os movimentos exigem a criação de mais assentamentos, maior agilidade do poder judiciário para liberar a desapropriação de terras, infraestrutura para os assentamentos, mais créditos, construções de casas, entre outros assuntos.


De acordo com Jonas Carlos da Conceição, da direção nacional do MST, os motivos para lutar são muitos. 

“Diante de um governo que prioriza um modelo agrário, que produz mercadorias ao invés de alimento, nós não temos outra saída a não ser nos mobilizarmos. Só no Mato Grosso do Sul são quatro anos sem Reforma Agrária”, afirma.

Segundo ele, um dos principais motivos da mobilização se deve a situação em que se encontra o Incra no MS 

“O nosso estado é o que possui o maior número de famílias assentadas do Brasil, e atualmente o Incra se encontra com um quadro de funcionários insuficiente, e ainda atua com um orçamento bem abaixo do necessário”.

O Movimento entregou uma pauta com suas reivindicações para o superintendente regional do Incra MS, Celso Cestari, e estão no aguardo de uma reunião para reivindicar a vinda de um representante nacional do órgão. 

Os Sem Terra prometem manter o prédio ocupado até que suas reivindicações sejam atendidas.

Atualmente, há mais de nove mil famílias acampadas em todo o estado, e mais de 100 mil por todo o Brasil. Muitas delas estão a mais de 10 anos sob barracas de lona preta à espera de novos assentamentos.

Na ocupação estão presentes pessoas do MST, a Central Única dos Trabalhadores Rural (CUT/MS/Rural), Federação dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (FETAGRI/MS) e do Movimento Camponês de luta pela Reforma Agrária (MCLRA).