Movimento palestino realiza vigília em São Paulo

 

Por Maura Silva
Da Página do MST

 

Por Maura Silva
Da Página do MST

Era inicio da noite de terça-feira (15) quando a praça Cinquentenário de Israel, no bairro de Higienópolis, em São Paulo, começou a ser iluminada por velas acesas em homenagem as mais de 200 pessoas mortas nos últimos ataques de Israel à Faixa de Gaza.

A vigília organizada pelo Movimento Palestina para Tod@s (Mopat) reuniu cerca de 500 pessoas e contou com a exibição de vídeos, poemas e intervenções musicais sobre a Palestina.

A intenção do movimento, além de homenagear os mortos, foi chamar a atenção da sociedade para o genocídio palestino e, com isso, trazer à tona discussões sobre as violações impostas a este povo pelo Estado de Israel.

O evento conseguiu reunir árabes, muçulmanos, judeus, autoridades religiosas, movimentos sociais e a população em geral, que com cartazes e bandeiras, pediam o fim do massacre.

Nessa mesma perspectiva, diversas ações em solidariedade ao povo palestino estão programadas para ocorrer nos próximos dias em todo o país.

No sábado (19) um grande ato unificado, com a participação de vários movimentos sociais, como o MST e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), está marcado para acontecer em frente ao Consulado de Israel, às 14h.

Contexto

Os ataques à Gaza começaram há nove dias, em resposta a morte de três israelenses. Autoridades do Estado judaico culparam a organização Hamas, que não assumiu autoria pelas mortes.

Dias depois, o corpo do palestino Mohammed Abu Khudair, de 17 anos, foi encontrado numa floresta de Jerusalém. Exames confirmaram que ele foi queimado vivo. Seis judeus foram presos acusados pelo crime que, segundo a polícia, foi motivado por vingança.

Desde então, a região da Faixa de Gaza vem sendo sistematicamente bombardeada pela operação militar israelense, denominada de “Limite Protetor”.

Segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), desde o início dos ataques, 800 toneladas de bombas – que atingiram hospitais, escolas e bairros residenciais -, já foram lançadas sobre a região.

Mais de 1,8 milhão de pessoas foram afetadas. Além das mortes, que já ultrapassou 227 pessoas, os feridos chegam a 1.685, mais da metade deles civis, e 16.000 desabrigados. Israel registrou na manhã desta terça-feira (15) a primeira morte desde o início dos ataques.

Nesta quarta-feira (16), o exército israelense “alertou” por meio de SMS e panfletos, para que mais de 100 mil civis abandonassem suas casas. 

Segundo as Forças Armadas Israelenses (FDI), medidas de alerta aos palestinos, que incluem um aviso com um “toque em seus telhados” antes de disparar o míssil verdadeiro, é o suficiente para evitar a morte de civis na região.