Jovens realizam encontro estadual da juventude Sem Terra, em São Luís

 

 

Por Mariana Castro
Da Página do MST


Cerca de 300 jovens de áreas de assentamentos, acampamentos e convidados participam do 2° Encontro Estadual da Juventude Sem Terra em São Luís, no Maranhão.


A atividade faz parte da 5° Jornada Nacional da Juventude Sem Terra, e acontece entre os dias 22 e 25 de agosto. 

 

 

Por Mariana Castro
Da Página do MST

Cerca de 300 jovens de áreas de assentamentos, acampamentos e convidados participam do 2° Encontro Estadual da Juventude Sem Terra em São Luís, no Maranhão.

A atividade faz parte da 5° Jornada Nacional da Juventude Sem Terra, e acontece entre os dias 22 e 25 de agosto. 

O encontro tem o desafio de fortalecer a auto-organização da juventude em seus locais de convivência, como escolas e cooperativas, para que possam estudar e discutir os problemas enfrentados no campo, reivindicando políticas públicas e estimulando ações concretas para fortalecer a luta por direitos. 

Para o jovem Kaelison Araújo, de 15 anos e do Assentamento Médio Mearim, “esse é um momento importante para garantir mais experiência, conhecer mais pessoas que vivem como a gente e dialogar sobre os nossos problemas. No assentamento aprendemos muita coisa, mas nesses encontros ficamos mais animados e preparados para continuar na luta”.

Para alertar a sociedade sobre os problemas enfrentados, os jovens tomarão as ruas de São Luís nesta segunda-feira (25), rumo à Secretaria Estadual de Educação (SEDUC), para reivindicarem a efetivação do Decreto 7.352, que trata da política de educação no campo ao garantir a ampliação e qualificação da oferta de educação básica e superior às populações do campo.


Educação no campo

A educação é um dos eixos centrais das discussões, considerando a realidade que os jovens do campo enfrentam no estado. 

Segundo informações da SEDUC, as políticas públicas para a educação alcançam apenas 15% dos jovens que vivem no meio rural.

Das 54 áreas que o MST acompanha, apenas uma unidade de Ensino Médio possui prédio construído pelo Estado.

Para Leandro Diniz, da coordenação estadual do Coletivo da Juventude do MST, “esse processo de organização e luta dos jovens é fundamental para garantir que mais nenhum assentado ou acampado tenha que ser expulso de sua terra para estudar na cidade. Precisamos reivindicar educação de qualidade no campo e para o campo”, afirma.