Ao receber Nobel alternativo, Snowden defende sociedade mais aberta e livre


Da Página do MST*

O ex-analista da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos Edward Snowden defendeu nesta segunda-feira (1) a construção de uma sociedade "aberta e liberal" ao receber o "Nobel Alternativo" em discurso feito por videoconferência desde seu exílio na Rússia.

"Tudo isso tem a ver com tornar nossa sociedade mais segura, as liberdades que herdamos. Podemos ter sociedades abertas e liberais", afirmou Snowden, recebido com uma grande ovação no parlamento sueco, onde foi realizada a cerimônia de entrega.

Da Página do MST*

O ex-analista da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos Edward Snowden defendeu nesta segunda-feira (1) a construção de uma sociedade “aberta e liberal” ao receber o “Nobel Alternativo” em discurso feito por videoconferência desde seu exílio na Rússia.

“Tudo isso tem a ver com tornar nossa sociedade mais segura, as liberdades que herdamos. Podemos ter sociedades abertas e liberais”, afirmou Snowden, recebido com uma grande ovação no parlamento sueco, onde foi realizada a cerimônia de entrega.

Snowden admitiu que é “improvável” que as mudanças que defende aconteçam em breve, e mostrou seu compromisso com essa luta. Ele ainda disse não se arrepender de ter divulgado a trama de espionagem em massa das comunicações telefônicas e de internet a cargo dos Estados Unidos. “Tudo o que sacrificamos valeu a pena, faria outra vez”, afirmou.

O ex-analista americano foi nomeado ao prêmio por revelar a vigilância estatal que “viola processos democráticos básicos e direitos constitucionais”, como explicou a comunicação divulgada há dois meses pela fundação Right Livelihood Award, sediada em Estocolmo.

O júri deu a Snowden um prêmio honorário, sem dotação econômica, e também a Alan Rusbridger, diretor do jornal britânico Guardian, que revelou os documentos vazados pelo ex-analista.

A Comissão Asiática de Direitos Humanos e seu diretor, Basil Fernando; o americano Bill McKibben, comprometido na luta contra o aquecimento global, e a advogada paquistanesa Asma Jahangir também foram reconhecidos com este prêmio, que reconhece o trabalho social de pessoas e instituições de todo o mundo.

Estes três últimos agraciados dividirão 1,5 milhão de coroas suecas (cerca de R$ 516 mil) do prêmio este ano.

O MST e a CPT, que receberam o prêmio em 1991, foram convidados a participar da cerimônia. No discurso de abertura do prêmio, Jakob von Uexkull, o fundador da Right Livelihood Award, citou os movimentos brasileiros.

“Novamente, nossos sentimentos estão com os bravos membros do MST e da CPT, que novamente viram colegas e amigos assassinados na sua luta por terra e uma vida digna. Nós pedimos que o governo brasileiros tome medidas imediatas para assegurar que os mandantes e executores desses assassinatos sejam levados à justiça e que se ponha um fim no clima de impunidade que ainda prevalece no país”.

Com informações da EFE