Após marcha, 300 mulheres ocupam latifúndio em Mato Grosso

Primeiro, as mulheres vão armar acampamento na área para que as 250 famílias que acampam na estrada em frente ao latifúndio mudem para o local.

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Da Página do MST

Depois de marcharem pelo município de Cáceres na manhã desta segunda-feira (9), cerca de 300 mulheres do MST ocuparam a Fazenda Rancho Verde no mesmo município, a 220 km de Cuiabá.

Há sete anos que os Sem Terra reivindicam o latifúndio. Numa vistoria realizada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a área foi considerada improdutiva. Porém, na sequência o juiz federal Casolli considerou a fazenda como sendo produtiva. Os Sem Terra afirmam que não há nenhuma plantação e nenhuma cabeça de gado na fazenda.

“Vamos ocupar a fazenda e mostrar que não está sendo produzido nada nessa fazenda. Nós queremos a terra”, disse Idalice, da coordenação do MST. Primeiro, as mulheres vão armar acampamento na área para que as 250 famílias que acampam na estrada em frente ao latifúndio mudem para o local.

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A marcha fez parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres do Campo, em alusão ao Dia Internacional da Mulher, comemorado neste domingo (8). A marcha, segundo as manifestantes, é contra o uso de agrotóxicos nas lavouras.

Lucinéia Freitas, do MST, explicou que as famílias são de vários municípios da região oeste do estado, principalmente de Cáceres, Mirassoel D&”39;Oeste e Curvelândia. “Essas mulheres vivem na periferia, moram de aluguel. Algumas até tinham casa, mas não tinham emprego e anteriormente já tinham sido expulsas de áreas rurais”, declarou. A área tem capacidade para abrigar cerca de 200 famílias, na avaliação do MST.

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