Ato cultural “descomemora” aniversário de 50 anos da Rede Globo em Porto Alegre

O foco da manifestação foi o Grupo RBS detentora do monopólio midiático na região sul do país.

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Da Página do MST

 

Na tarde de domingo (26), uma mobilização levou arte e luta ao Parque da Redenção, em Porto Alegre, na “descomemoração” dos 50 anos da Globo.

Organizada por movimentos populares pela democratização da comunicação e coletivos de juventude, a atividade fez parte de uma série de ações realizadas por todo o país para denunciar o apoio da Rede Globo à Ditadura Civil-Militar e o histórico do conglomerado de desrespeito à democracia e de ataque aos movimentos populares.

“Precisamos expor que somente uma família detém 70% da comunicação do país, a família Marinho há 50 anos manipula os brasileiros”, afirmou Carlos Alberto, do Levante Popular da Juventude.

 

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Ele recordou a Operação Zelotes, que investiga um suposto pagamento de propina feito pelo Grupo RBS para burlar a Receita Federal.

Na Redenção, desde o início da tarde foram realizadas apresentações culturais, começando com uma peça teatral da Cambada Levanta Favela, seguida por apresentações do Núcleo de Hip Hop de Viamão (NH2V), do Consciência Oratória, da banda The Youth e do Levante Popular da Juventude.

No Rio Grande do Sul, o foco era o Grupo RBS, que controla o monopólio midiático, composto pela maior rede regional de TV do país.

Com 18 emissoras distribuídas no RS e em SC, além da maioria das emissoras de rádio, jornais diários e portais na internet dos dois estados, estabelecendo um alcance de 85% de programação, a Rede Globo, desrespeita o limite de concessões para execução de radiodifusão no país, estipulado pelo artigo 12 do decreto 236 (28/2 de 1967).

Para mais informações sobre o decreto, clique aqui.

Também aconteceram escrachos públicos em frente às afiliadas e retransmissoras do Grupo RBS em oito municípios do estado: Bagé, Caxias do Sul, Erechim, Pelotas, Passo Fundo, Santa Maria, Santa Cruz e Santa Rosa.

 

*Com informações e Fotos de Alexandre Haubrich e Gabriela Féres/Jornalismo B