Sem terrinha fortalecem a identidade camponesa no baixo sul da Bahia

Conhecer as plantas, saber como cultivar o solo, preparar uma adubação orgânica e produzir alimentos saudáveis são conhecimentos compartilhados em atividades conjuntas das escolas do campo.

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Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

Conhecer as plantas, saber como cultivar o solo, preparar uma adubação orgânica e produzir alimentos saudáveis. Esses conhecimentos estão entre os conteúdos trabalhados na atividade conjunta das escolas Maria de Neuza e Mariana, realizadas na última terça-feira (17) em Camamu, na região baixo sul da Bahia. 

Pela manhã, as atividades foram trabalhadas durante uma gincana que trouxe os elementos da produção de alimentos saudáveis, a importância da agricultura e a história da luta pela terra que deu origem aos assentamentos Paulo Freire e Mariana, onde vivem e estudam os Sem Terrinha.

Para Gabriela Lima, do Setor de Educação do MST, estudar a história de suas comunidades permite aos Sem Terrinha se entenderem enquanto sujeitos construtores da própria história.

“As crianças são fundamentais no processo de transformação social e atividades como essa são importantes para estimular a autonomia e a coletividade nos sem terrinhas frente aos desafios da classe trabalhadora”, destacou Lima.

Durante a tarde, as crianças assistiram ao filme Kiriku e a feiticeira, resgatando a importância da cultura e a história africana para formação da sociedade brasileira. 

As professoras Roziene Vidal e Natialie Santos debateram o tema da água com os estudantes, completando o conteúdo com um passeio pelo Assentamento Paulo Freire.

Para encerrar o dia foram homenageadas as cozinheiras das escolas, “pois através do seu trabalho tornaram o estudo possível”, disse os educadores.

As atividades também aconteceram na escola do Acampamento Joares Araújo, em Itagi.