Unidade popular marca a 1º Assembleia Estadual Juventude Sem Terra

Encontro reuniu cerca de 400 jovens de toda região da Bahia.

 

Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

 

Cerca de 400 jovens Sem Terra realizaram na noite deste domingo (10), a 1º Assembleia Estadual da Juventude Sem Terra, durante o 28º Encontro Estadual do MST na Bahia.

Para a juventude, o espaço representou um marco na história do MST no estado e cumpriu o objetivo principal de fortalecer a luta popular através da unidade política entre as organizações que protagonizam a luta da juventude.

A assembleia contou com a presença de diversas organizações e movimentos populares como o Levante Popular, Pastoral da Juventude Rural (PJR), Núcleo de Estudos e Práticas em Políticas Agrária (Neppa), Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Juventude do Partido dos Trabalhadores (JPT), entre outros.

De acordo com Wesley Lima, do coletivo estadual de juventude e comunicação do MST, a atividade foi um grande momento de unidade popular no estado e ajudou a juventude compreender o atual cenário sociopolítico de avanço do conservadorismo e fortalecimento do capital.

“Nos ajudou perceber que a juventude é a principal afetada frente a ofensiva conservadora. A redução da maioridade penal, a lei ante terrorismo, entre outras, são mecanismo de criminalização da juventude construídos pela classe dominante”, afirmou Lima.

Já para Hugo Santos, da coordenação nacional do Levante Popular, disse que é de suma importância a unidade entre o campo e a cidade para o fortalecimento do processo de construção de uma sociedade emancipada, que tem como princípio a valorização da vida.

“A juventude quer viver e o projeto do capital colocado para ela hoje é um projeto de morte. A bala que mata o negro na periferia, é o agronegócio que mata a juventude no campo”, destacou Santos.

Pensando nisso, Maria Dantas, do MMM, solidarizou-se com a luta da Juventude Sem Terra e pontuou que as atuais “crises” requer que todos saiam às ruas para defender os direitos da classe trabalhadora.

“O ano de 2015 foi um ano de muitos retrocessos para o povo, sobretudo para a vida e os direitos das mulheres. Se em 2015 nossa resposta foi ir às ruas, em 2016 nossa luta deverá ser ainda maior”, concluiu.

Durante a assembleia, os jovens puderam debater a importância da juventude nos processos de formação, organização e luta, bem como as tarefas e os desafios que serão enfrentados no próximo período.

Ao fim da atividade, a juventude presente reafirmou o compromisso com a luta internacional e a solidariedade com todos os povos, através da leitura da Declaração da IV Assembleia Continental da Juventude CLOC -VC.