Bloco do MST ocupa as ruas do Prado e denuncia os impactos dos agrotóxicos

A partir das músicas, cartazes e banners, o bloco procurou dialogar com a sociedade sobre as contradições do modelo do agronegócio.

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Do Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

Nesta terça-feira (9), cerca de mil trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra desfilaram pelas ruas do Prado, no extremo sul da Bahia, no Bloco de Carnaval “MST Folia”.

O bloco trouxe o tema “MST pela vida, agrotóxico zero”, e a partir das músicas, cartazes e banners, procurou dialogar com a sociedade sobre as contradições sociais, ambientais e econômicas provocadas pelo modelo do agronegócio, além de trazer a defesa da soberania alimentar e a produção de alimentos sem veneno.

De acordo com Paulo Cesar, mais conhecido como PC, da direção estadual do MST, o bloco “MST Folia” se tornou uma tradição na região e representa uma importante ferramenta que fortalece o diálogo dos trabalhadores do campo com os da cidade.

“O carnaval é um momento de festa, alegria e diversão. Mas também é um espaço propício para denunciar as contradições do capital e dialogar com a sociedade sobre importância da Soberania Alimentar e a Reforma Agrária Popular”, explicou PC.

 

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Agrotóxico mata

Pelo terceiro ano consecutivo, o bloco ocupou as ruas do Prado tendo a terra como simbologia de resistência, identidade e fortalecendo a campanha permanente de luta contra os agrotóxicos na Bahia. 

Os Sem Terra utilizaram o espaço para apresentar à população a campanha estadual “MST pela vida, agrotóxico zero”, lançada no início deste ano, durante o 28º Encontro Estadual do MST, em Salvador.

A campanha tem o objetivo de erradicar o uso de agrotóxicos na produção de alimentos e dialogar com a sociedade sobre estas questões. 

Banda um de cada canto

A animação do bloco ficou por conta da banda “Um de Cada Canto”, que trouxe um repertório composto por samba, forró, axé, afro reggae e canções com letras que embalam as lutas no estado.

Para Neuza de Jesus, Sem Terra e integrante da banda, a luta pela Reforma Agrária Popular também se faz por meio do resgate das tradições e fortalecimento da cultura.

“Não tocamos as músicas que a grande mídia reproduz. Nossa tarefa é divulgar aquilo que construímos nestes 32 anos de Movimento. São canções que fazem parte do dia a dia das trabalhadoras e dos trabalhadores”, disse Neuza.

O bloco contou com o apoio e a participação de diversas representações públicas da região e do Deputado Federal Valmir Assunção (PT-BA).