Feira da Reforma Agrária leva tradição e cultura para sertão sergipano
Por Luiz Fernando
Da Página do MST
Entre as características que fazem do sertanejo um povo único, uma das mais marcantes é diversidade cultural e resistência. Essas duas características puderam ser vivenciadas na Feira da Reforma Agrária que aconteceu entre os dias 02 e 03 de março, na Praça da Matriz de Canindé de São Francisco, no alto sertão sergipano.
A Feira que trouxe a diversidade da produção alimentícia e cultural dos mais diversos Assentamentos da Região para a cidade, em sua abertura contou com diversas participações culturais e teve como objetivo debater com a cidade o papel da soberania alimentar, a produção saudável de alimentos e mostrar a urgência da reforma agrária, provando na prática o grande potencial de produção.
Entre as inúmeras intervenções culturais, o Grupo Teatral Raízes Nordestinas da Cidade de Poço Redondo-SE, provocou a sociedade para os riscos do uso dos agrotóxicos na produção de alimentos e anunciar a Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida. A atividade contou também com a participação dos violeiros Vem Vem do Nordeste e João Bezerra, cantarolando através de versos as belezas e riquezas do sertão e seu povo, e muitas outras atrações que encantaram adultos e crianças.
Durante a feira as equipes de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) dos núcleos de Canindé e Jacaré Curitiba realizou oficinas de produção de adubo orgânico e biofertilizantes, montagem de horta suspensa e grafite, que cumpriu um papel muito importante nesse dialogo com a comunidade.
Promovida pelo MST em parceria com o Centro Comunitário de Formação em Agropecuária Dom José Brandão de Castro (CFAC) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária de Sergipe (INCRA), a Feira da Reforma Agrária no Sertão possibilitou que assentados da região comercializassem sem a interferência de atravessadores, com a oferta de produtos a preços mais acessíveis e saudáveis, além de promover o intercâmbio entre o consumidor e o produtor.
