Educação e agroecologia em discussão no Paraná

A atividade integra o projeto “Formação em Agroecologia dos jovens do Ensino Médio das Escolas Itinerantes do Paraná: do saber popular ao conhecimento científico para o cuidado com a terra e com a vida”.
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Por Valter de Jesus Leite 
Da Página do MST 

Entre os dias 4 e 7 de maio, foi realizando o I Encontro de Pesquisa e Iniciação Tecnológica em Agroecologia de estudantes das Escolas de Acampamento do Paraná e o I Encontro de Formação de Educadores e Educadoras em Agroecologia das Escolas de Acampamento do Paraná, no município de Guarapuava, região centro-oeste do estado.

O encontro conta com a participação de 122 pessoas, entre eles 80 educadores e 42 estudantes. A atividade integra o projeto “Formação em Agroecologia dos jovens do Ensino Médio das Escolas Itinerantes do Paraná: do saber popular ao conhecimento científico para o cuidado com a terra e com a vida”.

O projeto é uma parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e a Universidade Estadual do Centro-oeste do Paraná com o setor de educação do MST.

Entre os objetivos da formação encontra-se o aprofundamento dos estudos sobre produção agroecológica. A ideia é compreender sua com os conteúdos das disciplinas, facilitando o planejamento de práticas pedagógicas vinculadas à produção agroecológica, potencializando os processos de auto-organização dos estudantes e avaliando intervenções experimentais em agroecologia, realizadas nos acampamentos, indicando alternativas para qualificá-las.

Durante a formação, foram debatidos temas como agroecologia e agricultura familiar\camponesa, auto-organização dos estudantes e agroecologia, organização do trabalho pedagógico por ciclos de formação humana com complexos de estudo, oficinas de ciências humanas, linguagens, ciências da natureza e matemática enfatizando a importância da conexão dos conteúdos escolares com a agroecologia. 

Os estudantes socializaram intervenções agroecológicas em desenvolvimento nas escolas e possibilidades de futuras projeções para qualificar as experiências.

Houve exposição de trabalhos produzidos nos locais, que revelaram a criatividade e capacidade de análise crítica da realidade por parte dos estudantes das mesmas.

No início de cada dia também foram realizadas místicas que expressaram o posicionamento político diante da atual conjuntura brasileira, bem como, o sentimento de indignação frente aos massacres impostos à classe trabalhadora no processo de luta pela terra.

Os participantes também ganharam kits de livros, contendo os seguintes títulos: Convenção dos Ventos: agroecologia em contos; Caderno de Educação em Agroecologia – De onde vem nossa comida?, Caminhos para transformação da escola 3; Boletim da Educação nº 13 – Alimentação Saudável.

Além dos kits para os estudantes, as escolas levaram kit de livros com os mesmos títulos para integrar o acervo da biblioteca escolar e fortalecer as ações da Jornada Cultural Nacional Alimentação Saudável.