A Bahia parou pela democracia

“Nossa tarefa é dá continuidade as lutas pela democracia, contra os retrocessos constitucionais e continuar denunciando as contradições do capital cometidas pelo agronegócio”.
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Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

O estado da Bahia acordou nessa terça-feira (10) sob protestos contra o golpe, por mais direitos e pela democracia puxados pela Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo, que são compostas por diversos movimentos e organizações populares do campo e da cidade.

As BRs 101, em Itabuna e Teixeira de Freitas, a 324, Feira de Santana e Simões Filho, 116, também em Feira e Vitória da Conquista foram totalmente paralisadas. Além disso, a BA 522, na altura de Candeias e São Francisco do Conde estão fechada.

Já na capital baiana, a Universidade Federal da Bahia (UFBA) também se manifestou contra a manobra golpista que está em curso e realizou uma aula ao ar livre.

“Não daremos paz a esse governo ilegítimo. Michel Temer não vai governar esse país através de uma eleição indireta que tenta invalidar mais de 54 milhões de votos do povo brasileiro”, afirma a professora Celli Tafarel.

Contra o golpe

De acordo com Guilherme Ribeiro, da Coordenação Nacional do Levante Popular da Juventude, as mobilizações dessa terça possuíram o caráter de denuncia da ilegalidade no processo de impeachment, nas articulações “espúrias” de Michel Temer e Eduardo Cunha, além da manipulação midiática dos grandes meios de comunicação, em especial a Rede Globo.

Já Deyvid Bacelar, coordenador geral do Sindicato dos Petroleiros (Sindpetro – BA), acredita que o projeto de Temer, “ponte para o futuro”, é um grande retrocesso na vida dos trabalhadores e das trabalhadoras.

“Não vamos aceitar. Não deixaremos ele privatizar a principal empresa brasileira (Petrobras) e precarizar ainda mais o trabalho. Nós vamos parar o país”, destaca o sindicalista.

Reforma Agrária

Para o MST na Bahia, que está mobilizando milhares de trabalhadores nos trancamentos de BRs, a Reforma Agrária vem sendo tratada com descaso e negligência.

“O governo Temer já aponta que essa situação vai piorar, com privatizações e a burocratização das desapropriações de terra em todo o país”.

“Nossa tarefa é dá continuidade as lutas pela democracia, contra os retrocessos constitucionais e continuar denunciando as contradições do capital cometidas pelo agronegócio”, enfatiza a direção do MST.

As mobilizações e trancamentos de BRs pretendem se estender durante toda essa terça-feira em repudio ao golpe, “chamado de impeachment”, e em defesa dos direitos conquistados pela classe trabalhadora.