Em Pernambuco, MST tranca rodovias em protesto contra a extinção MDA

O Movimento permanecerá mobilizado para denunciar o golpe no Brasil e em luta para nenhum direito seja retirado da classe trabalhadora

Por Phillyp Mikell
Da Página do MST

Na manhã desta quinta-feira (09), o MST realizou paralisações em protesto contra a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário, contra os ataques à Previdência Rural e em defesa dos programas Minha Casa, Minha Vida – rural e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

Em Pernambuco as paralisações aconteceram simultaneamente no primeiro período da manhã. Pontos importantes das BR 101, 232, 408 e 360, assim como trechos de algumas rodovias estaduais foram interrompidos. Cerca de 2 mil pessoas participaram das ações em todo o estado.

A BR 101 foi paralisada nos municípios de Goiana, Palmares e Gameleira. Já na BR 360, o trancamento aconteceu em Petrolândia, Floresta e Jatobá, este último na divisa com a Bahia.  Na BR 110 entre Timbaúba e Aliança, o bloqueio permaneceu até por volta das 8 horas, sendo liberado com a chegada polícia. Na PE 96, no Litoral Sul, o fechamento aconteceu entre Barreiros e Água Preta.

Esta manifestação ocorre como resposta do MST à tentativa do governo golpista de Michel Temer de acabar com o MDA, fundindo-o ao antigo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, formando assim o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário.

O MDA, que foi criado em 1999, após o massacre de Eldorado dos Carajás, por meio de muita luta e denúncia por parte dos movimentos sociais, em especial o MST, da precária condição de vida de várias famílias no campo.

Serviu ao longo desses anos para fortalecer o desenvolvimento rural, a política de Reforma Agrária e a agricultura camponesa. Sua extinção é mais uma demonstração do caráter antipopular deste governo interino, que tenta às custas do povo implementar sua política econômica neoliberal e realinhar o Brasil aos interesses do agronegócio e dos EUA.

Os MST permanecerá mobilizado para denunciar o golpe de Estado em curso no Brasil e lutar para que nenhum direito seja retirado da classe trabalhadora, assim como, continuar na defesa intransigente da Reforma Agrária Popular, por uma alimentação digna e saudável para toda a população brasileira.

*Editado por Rafael Soriano