Paulo Kageyama é homenageado pelo MST na Escola Florestan Fernandes

Falecido em maio deste ano, kageyama deixou um enorme legado no debate sobre a agroecologia e a biodiversidade para o povo brasileiro

 

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Por Hildebrando Andrade
Da Página do MST

Na manhã do último sábado (17), o MST homenageou o professor e militante Paulo Kageyama. O evento que ocorreu na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), teve a inauguração de um bosque onde as cinzas do professor foram espalhadas junto ao adubo das plantas.

No ato esteve presente sua companheira de vida e de luta, Cristina, além de vários militantes, amigos e colegas de trabalho de kageyama.

“Nós somos Paulo Kageyama, amigos inseparáveis caminhando para nossos sonhos. A vida te devemos com dedicação e amor traduzidas em abraços, a tua força transforma o sentido dos seres humanos”, assim afirmou Rosana Fernandes, Coordenadora da ENFF.

O professor Paulo Kageyama, agrônomo, professor titular da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ-USP), membro da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança  (CTNbio) e consultor da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), faleceu no dia 17 de maio de 2016.

Sua história marcada pela dedicação em pensar outra matriz agrária e agrícola para Brasil, considerando a conservação e manejo da grande biodiversidade, levou-o a se consolidar como um dos maiores pesquisadores dos bens naturais e da agroecologia no país. Seu legado científico e político é um marco fundamental para a civilização brasileira.

Paulo kageyama era amigo do MST e deixou um enorme legado no debate sobre a agroecologia e a biodiversidade para o povo brasileiro. Grande defensor da agricultura familiar colaborou em diversos projetos de assentamentos do Movimento no estado de São Paulo.

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“Nós vamos eternizá-lo pela sua história, pelo seu legado e pelo seu compromisso com a luta. Não só com a agroecologia, com o MST e a Via Campesina, mais por seu compromisso com a humanidade”, ressaltou João Paulo Rodrigues, da Direção Nacional do MST.

O ato simbólico lembrou a tradição dos povos indígenas Xukuru, que plantam seus iluminados em um bosque e lá os reverenciam e recebem suas forças.

Na ENFF, o Bosque que hoje leva o nome de Paulo Kageyama, esta posto à sombra de um grande Jatobá que abriga uma diversidade de plantas e flores, de forma que, sua história e trajetória de luta sempre estejam a florir e produzir novos frutos.                

O Professor João Dagoberto (Cobrão), da Universidade de São Paulo (USP), amigo de kageyama, lembra que o Jatobá é uma arvore símbolo das pesquisas e trajetória do professor e que esse espaço o deixara sempre presente entre nós.

*Editado por Iris Pacheco