Jovens Sem Terra se formam no extremo sul da Bahia

Para muitos dos recém formados, o próximo passo é ingressar na universidade para contribuir nos assentamentos em diversas áreas sociais

 

Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

Na última sexta-feira (16), três turmas de estudantes assentados e acampados das brigadas Olga Benário e Aloísio Alexandre, ambas localizadas no Extremo Sul da Bahia, participaram da formatura do ensino médio. 

As formaturas aconteceram em duas escolas, Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto, no município de Prado e Escola Alcides Afonso de Souza, em Mucuri.

Mariza Batista, da direção estadual do MST, sentiu-se privilegiada por fazer parte desse momento importante na vida dos jovens. “Esse momento não é o fim, e sim o começo de uma nova etapa.Saber que nossos jovens conquistaram mais essa etapa da vida, nos mostra que eles estão em busca de seu espaço na sociedade e nós ajudaremos no que for preciso”, disse.

Já para a professora Elza Sales essa é a prova de que o incentivo ao estudo deve seguir como sendo valor principal na formação do jovens.

“Estamos aqui formando seres críticos e pensantes. E esse momento nos mostra que eles estão preparados para assumir e encarar os desafios que ainda surgirão”, afirmou. 

Abraão Brito, do coletivo estadual de educação do MST, destacou que é um sonho realizado ver jovens valorosos e obstinados concluindo mais uma fase da vida.

“O MST abraçou o processo de formação dos jovens ainda no início dos estudos. Dentre as diversas referências políticas de lutadores e lutadoras, houve o reconhecimento coletivo em torno do legado de Nelson Mandela, principalmente que diz que &”39;a educação é a arma mais poderosa, que pode ser usada para mudar o mundo&”39;. E aqui estamos para provar isso, finalizou”.

Para muitos dos recém formados, o próximo passo é ingressar na universidade para contribuir nos assentamentos em diversas áreas sociais.