Centro de Formação do MST recebe a Semana de Vivência Interdisciplinar do SUS

A vivência contou com a participação de 54 estudantes universitários da área de saúde, que construíram em dez dias de programação, a 8º e última Etapa da SEVI
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Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST 

Entre os dias 10 e 21/9, o Centro de Formação Pátria Livre, localizado em Barra do Choça, Sudoeste baiano, sediou as atividades da Semana de Vivência Interdisciplinar do SUS (SEVI), organizado pelo Fórum Acadêmico de Saúde e pelo DCE da Universidade Federal da Bahia (UFBA) em parceria com o MST.

A vivência contou com a participação de 54 estudantes universitários da área de saúde, que construíram em dez dias de programação, a 8º e última Etapa da SEVI que tem como objetivo debater a realidade dos movimentos sociais e, com isso, desconstruir o processo de criminalização das lutas, além de pensar em uma saúde mais humanizada para o Brasil.

Alguns temas foram abordados durante a vivência, entre eles se destacam: Soberania Alimentar; Diversidade Sexual e Gênero; Feminismo; Capacitismo; Determinantes Sociais da Saúde; História do povo negro; Reforma Psiquiátrica, Luta Antimanicomial e Reforma Sanitária.

Paralelo a isso, os estudantes visitaram comunidades do MST para acompanharem de perto as experiências em áreas que seus respectivos cursos influenciam, como é o caso daqueles que atuam no Centro de Acompanhamento Psicossocial (CAPS) IA e AD, Hospital SAMU, Hospital de Base, Maternidade Esaú Matos, o Laboratório Central Municipal (LACEM), Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), Centro Municipal de Atenção Especializada (CEMAE) e Vigilância Sanitária.

Nas visitas, os estudantes conheceram também, a organização e a produção dos assentamentos e acampamentos, além da história e toda simbologia que envolve a conquista da terra, como os aspectos relacionados a resistência, as sementes e o momento da colheita da produção.

Para Elizangela Souza, do coletivo de saúde do MST, esta vivência do SUS foi enriquecedora, pois possibilitou debater saúde popular e um projeto de transformação de sociedade.

Emocionada em trazer as experiências que o Movimento tem acumulado no estado da Bahia, ela destacou que o conhecimento passado por eles não pode parar por aqui e desafiou a contribuírem com o debate da Reforma Agrária.

Nesta última etapa, os estudantes se despedem das áreas do MST com a tarefa de dá continuidade ao debate da saúde popular e fortalecer as lutas em defesa do SUS.