Via Campesina diz não a violência do patriarcado e do capitalismo, dois males que afligem a humanidade

Hoje dia 25 de novembro, dia internacional de combate da violência contra as mulheres, as campesinas e campesinos se comprometem a combater a violência e seguir na luta por igualdade
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Por Via Campesina
Nota à imprensa

 

Diariamente, nós, as mulheres e homens do MST e da Via Campesina dizemos: Chega de violência contra as mulheres, não mais silenciaremos! Resistimos e enfrentamos o patriarcado e o capitalismo! Denunciamos todos os tipos de violência que ainda afetam muitas mulheres em campo e na cidade. 

Nós nos encorajamos a lutar contra a barbárie, o fascismo e o desrespeito à vida, precisamos lutar este dia e em todos os dias como classe trabalhadora. Entendemos que o capitalismo é a maior fonte das desigualdades e onde se geram as demais violências, por isso que a luta é de classe.

Acreditamos ser urgente organizar lutas coletivas e articuladas para denunciar e colocar fim à todas as formas de violência histórica contra as mulheres. Ainda hoje nós mulheres enfrentamos violência em nossos países, lugares e organizações. Essas são posturas que se encontram arraigadas em no patriarcado, na violação e coisificação das mulheres. Devido à forças dos fatos, hoje é indispensável que a violência seja expurgada da sociedade, dos territórios, dos corpos e da vida das mulheres.   

As nossas propostas e ferramentas pela transformação vem do campo, onde nós mulheres possuímos fortes raízes, na terra cultivada com agroecologia y na busca pela soberania alimentar. Bem como na luta coletiva pela construção de igualdade em nossos espaços e atuação e estudo, com as mulheres participando nas lutas, como nas marchas. E na necessidade de construirmos uma nova mulher e um novo homem, com novas relações de gênero para cultivarmos uma nova sociedade. 

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Cartaz da campanha.

Com a luta da Via Campesina temos consciência de que a única possibilidade de acabar com o machismo é enfrentar a opressão e exploração, e somente mulheres e homens organizados em nossos movimentos populares, camponeses, urbanos, dos mares, rios e florestas podemos enfrentar está luta até a construção de uma igualdade social.

Nossas camponesas e camponeses do mundo organizados na Via Campesina, a partir de 182 organizações, presentes em 81 países, onde nos articulados desde a base dissemos: Sim à igualdade e a justiça, basta de violência contra as mulheres! Queremos e nos comprometemos a construir cotidianamente uma vida sem violência, sem discriminações e sem exploração das mulheres.

 

Na sociedade que queremos, basta de violência contra as mulheres!