Historiadora feminista Silvia Federici participa de eventos em São Luís (MA)

A programação conta com aula magna, debate e lançamento de livro abertos ao público
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Ativista feminista Silvia Federici é presença confirmada nos dias 10 e 11 de outubro, em São Luís (MA). Foto: Divulgação

Por Mariana Castro
Da Página do MST

“A caça às bruxas nunca terminou, mas as mulheres também nunca deixaram de resistir”, Silvia Federici. 

Em resistência, o Fórum Maranhense de Mulheres, entidades acadêmicas e políticas realizam duas grandes atividades em São Luís (MA), com a presença de Silvia Federici, escritora, professora emérita da Universidade Hofstra, em Nova York e ativista feminista.

Na próxima quinta-feira (10), às 17h, será realizada uma aula magna seguida de debate, no auditório de História da UEMA, e na sexta-feira (11), às 18h30, acontece o lançamento do livro “O Ponto Zero da Revolução”, no auditório do Solar Cultural da Terra Maria Firmina dos Reis, espaço político cultural do MST. Ambos os eventos são gratuitos e abertos ao público em geral.

A produção acadêmica de Silvia Federici está inteiramente ligada ao feminismo, destacando-se a obra “Calibã e a Bruxa”. Se, de um lado, nomes masculinos são referências nos estudos sobre as origens do capitalismo, ao longo de trinta anos de estudos Silvia representa um contraponto às narrativas dominantes, uma vez que destrincha e percorre um novo lugar, dando visibilidade ao papel da mulher durante este período.

Em sua nova obra, Silvia reconstrói os caminhos do feminismo e sua luta anticapitalista e anticolonialista, embasada inclusive por sua própria trajetória como intelectual engajada nas mobilizações pela valorização do trabalho doméstico por meio de salários, ainda na década de 70, e discussões sobre a apropriação da mão de obra feminina e a reprodução “dos comuns”.

“As contribuições de Silvia Federici, que nos honra com sua presença nestes dois dias em São Luís, fortalece a luta feminista no mundo, e em especial no Maranhão, amplia o diálogo com os diversos setores da Sociedade e da academia desconstruindo a visão patriarcal de concepção de mundo onde as mulheres foram excluídas e alijadas dos processos de produção”, explica a coordenação do evento.

*Editado por Fernanda Alcântara