Feira Nacional

MST pretende levar debate sobre a crise ambiental e combate à fome ao centro de SP

Espaço na 4ª Feira Nacional da Reforma Agrária, que ocorre entre 11 e 14 de maio, no parque da Água Branca, apresenta ações do Plano Nacional à sociedade
Experiências de implantação de Sistemas Agroflorestais nos assentamentos do MST. Foto: Filipe Augusto Peres

Por Diógenes Rabello
Da Página do MST

O Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis é um projeto do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que tem o objetivo de abrir o diálogo com a sociedade sobre a emergência da pauta ambiental. Foi lançado em 2020 e, por meio dele, já foram plantadas 10 milhões de mudas de árvores em todos os biomas brasileiros, além de inaugurar 300 viveiros.

O projeto prevê a socialização da perspectiva ideológica que o MST vem construindo nesses 40 anos de existência, que é alinhar a produção de alimentos saudáveis à conservação dos bens comuns da natureza, tendo a agroecologia como tecnologia para o desenvolvimento produtivo e a geração de renda.

Foto: Diógenes Rabello

O Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis é um projeto do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que tem o objetivo de abrir o diálogo com a sociedade sobre a emergência da pauta ambiental. Foi lançado em 2020 e, por meio dele, já foram plantadas 10 milhões de mudas de árvores em todos os biomas brasileiros, além de inaugurar 300 viveiros.

O projeto prevê a socialização da perspectiva ideológica que o MST vem construindo nesses 40 anos de existência, que é alinhar a produção de alimentos saudáveis à conservação dos bens comuns da natureza, tendo a agroecologia como tecnologia para o desenvolvimento produtivo e a geração de renda.

Entendendo a importância desse debate e ajudando na elevação do nível de consciência crítica da população sobre os cuidados com os bens comuns da natureza, o Movimento Sem Terra irá dedicar um stand durante a 4ª Feira Nacional da Reforma Agrária, que acontece de 11 a 14 de maio, no parque Água Branca, em São Paulo para receber toda a população que queira conhecer melhor as ações sobre o Plano, o debate sobre a questão ambiental, da Reforma Agrária Popular, sobre agroecologia e Soberania Alimentar.

Foto: MST
Foto: MST SP

Neste espaço, que permanecerá aberto durante todos os dias e períodos da Feira, militantes Sem Terra de diversos biomas brasileiros estarão disponíveis para receber e dialogar com as pessoas, que também poderão adquirir mudas nativas e frutíferas desses biomas, sementes tradicionais, mudas de plantas medicinais e ornamentais. Além de retirar materiais formativos sobre o Plano Nacional.

O espaço está sendo preparado e embelezado com fotografias, simbologias, cartazes e materiais que irão representar todos os biomas brasileiros. Serão mais de 20 mil mudas de árvores disponíveis e uma grande diversidade de sementes, além de diversos materiais didáticos.

Por dentro do Plano

O Plano tem como intuito chegar a 100 milhões de árvores plantadas até 2030. O foco é realizar o plantio de espécies nativas e frutíferas em áreas degradadas no campo e na cidade, focando na formação de bosques, recuperação de nascentes e formação de agroflorestas e quintais produtivos. Através dele, o MST tem mobilizado sua base social para construir ações coletivas em seus territórios: acampamentos, assentamentos, escolas do campo, centro de formações, cooperativas, entre outras. Pautando, ainda, o protagonismo das mulheres e da juventude Sem Terra. 

Viveiros da Reforma Agrária implantados pelo Plano Nacional. Foto: MST
Foto: Nieves Rodrigues

O Plano Nacional tem o objetivo de defender os territórios da Reforma Agrária e sua sociobiodiversidade do avanço do agronegócio. O AGROnegócio destrói o meio ambiente, expulsa os povos do campo, das águas e das florestas, consequentemente, extermina os saberes desenvolvidos milenarmente por povos tradicionais. Cada área cuidada e defendida significa a conservação, a partir de uma concepção popular da biodiversidade, dos diversos biomas que constituem o território nacional e que contribuem para a sustentabilidade ecológica mundial. 

Politicamente, os resultados que têm sido alcançados nesse método de trabalho de base, que tem o plantio de árvores e a produção de alimentos saudáveis como ferramenta, é o fortalecimento da agroecologia e da Reforma Agrária Popular como formas de superação dessa crise alimentar, climática e da degradação ambiental promovida pelo agronegócio. 

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*Editado por Solange Engelmann