Brigada Oziel Alves
Ceará recebe Brigada Nacional Oziel Alves Nordeste I
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Por Francisco Terto
Da Página do MST
O território aonde está acontecendo a formação da quarta etapa da Brigada Nacional Oziel Alves Nordeste I é o assentamento 25 de Maio, berço do MST no Ceará. As atividades acontecem no espaço de estudo e vivência da Escola João Sem Terra, no município de Madalena.
A etapa atual conta com 62 brigadistas de cinco estados onde o MST está territorializado na região Nordeste, com representantes dos estados de Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba.
O objetivo da brigada é a formação política e pedagógica para projeção de uma coluna de militantes e dirigentes, em especial, a juventude Sem Terra, para que assumam tarefas organizativas e políticas da atualidade, orientados na luta pela Reforma Agrária Popular, no conjunto da classe trabalhadora.
A programação de estudo da brigada tem como eixo central o trabalho de base, a crise estrutural do capital e a ascensão da extrema-direita atribuído ao conservadorismo e neofacismo no Brasil. A saúde no MST também integra a programação com centralidade na defesa e no fortalecimento do SUS e uma política nacional de Saúde no Campo, nas Florestas e nas Águas.
Também haverá momentos de círculo de leitura sobre o pensamento de Victor Jara, artista no campo da cultura popular e dirigente político do processo revolucionário no Chile que teve sua vida ceifada pelas mãos da ditadura sanguinária de Pinochet.
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Outro ponto de destaque está no âmbito da cultura, como vivência do Batuque Ancestral como expressão da resistência dos povos, oficinas de capoeira e batucada, teatro e rádio. Além da dimensão pedagógica da jornada socialista remorando o legado das lutas e dos lutadores e lutadoras do povo.
O horizonte estratégico da Revolução brasileira e do poder popular também tem sido outro tema estudado, para a construção no presente de que é possível uma profunda transformação social e organização da sociedade sob outras formas de relações sociais.
O tema da Reforma Agrária Popular e os novos assentamentos e seus desafios para constituição de organicidade e lutas é um exemplo do que está sendo pensado no cenário atual. O eixo da luta pela terra e a massificação caminhando em consonância com o trabalho de base urbano. São valores de uma práxis militante e os princípios organizativos, bem como os métodos de direção, já que este curso tem como princípio formar novas lideranças.
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Joel Gomes, da Coordenação Política Pedagógico da Brigada, destaca que “estamos com uma programação focada na preparação do trabalho de base rumo ao VII Congresso, trazendo a dimensão da Reforma Agrária Popular, método de direção, temos várias atividades planejadas, não será apenas a teoria em sala de aula, estamos organizando momentos de vivência, visita de campo, e assim garantir um vínculo maior da turma com as famílias assentadas da Reforma Agrária do território que nos acolheu”.
O intuito dos desdobramentos com a Brigada é a inserção no conjunto das responsabilidades e tarefas do MST nesse tempo histórico, na construção do 7° Congresso Nacional do MST e na projeção para assumir as tarefas no médio e no longo prazo.
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A quinta e última etapa será o momento de formatura durante o 7° Congresso com todas as turmas de todas as regiões do país. Será um momento de encontros, celebração e reafirmação de compromissos por parte das turmas como lutas da Reforma Agrária Popular e da Revolução.
*Editado por João Carlos