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Dorothy Stang: Mártir na luta popular na Amazônia

Aos 73 anos, Dorothy Stang somou-se a triste lista dos que foram acusados pelo latifúndio e assassinados por pistoleiros em consórcios formados para eliminar aqueles que representam obstáculos aos interesses privados de mercantilizar os bens da natureza

STF solta “Taradão”, assassino da missionária Dorothy Stang

Por Leandro Fortes
Da Pàgina da Carta Capital

 

Graças a um habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, o assassino da missionária americana Dorothy Mae Stang deverá estar, ainda hoje, solto nas ruas.

Regivaldo Pereira Galvão, conhecido pela meiga alcunha de “Taradão”, estava preso desde 6 de setembro de 2011 no Centro de Recuperação de Altamira (PA), condenado a 30 anos de prisão.

Mandante do assassinato de Dorothy Stang é condenado

O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, foi condenado no final da noite de ontem em Belém (PA) a 30 anos de reclusão por ter mandado matar a missionária norte-americana naturalizada brasileira Dorothy Stang, há cinco anos.

Após mais de 14 horas de julgamento, Bida foi considerado pela maioria dos sete jurados autor de homicídio duplamente qualificado (por ter havido promessa de recompensa e recurso que impossibilitou a defesa) com o agravante da vítima ser idosa - ao morrer, com seis tiros numa estrada de terra de Anapu, Stang tinha 73 anos.

Cinco anos sem Irmã Dorothy

O assassinato da missionária estadunidense Dorothy Stang completa cinco anos nesta sexta-feira (12/2). Morta a tiros em Anapu, no Pará, a missionária era uma liderança popular e atuava junto à Comissão Pastoral da Terra (CPT) em defesa dos projetos de democratização da terra. Sua morte ganhou repercussão nacional e internacional. O episódio deixou evidente as conseqüências da estrutura fundiária no Brasil e a omissão do Estado.

A luta de Irmã Dorothy criou, durante 30 anos, muitos obstáculos aos interesses de madeireiros e latifundiários da região.

Caso Dorothy: a lei no Brasil favorece quem possui poder econômico, diz procurador

Da Agência Brasil

Passados cinco anos da morte da missionária norte-americana Dorothy Stang, um dos principais acusados de ser o mandante do crise, o fazendeiro Regilvado Pereira do Galvão, conhecido como Taradão, ainda não foi a julgamento. Para o procurador da República no Pará, Felício Pontes, o desenrolar do caso mostra que o sistema judicial brasileiro precisa passar por uma ampla reforma para se tornar mais célere e eficiente.

STJ manda Vitalmiro de volta para a prisão

Da CPT

No final da tarde desta quinta-feira (4/2), a 5ª Turma do STJ, ao julgar o mérito do habeas corpus, interposto pela defesa de Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, determinou que o fazendeiro tem que voltar à prisão, onde cumpria pena de 30 anos de reclusão, por ter sido um dos mandantes do assassinato da missionária Dorothy Stang, crime ocorrido em 12 de fevereiro de 2005.