
O sangue de Dorothy lavou a terra. A Amazônia resiste!
Relembramos hoje (12), os 18 anos do martírio da missionária norte-americana Dorothy Stang, assassinada em uma emboscada em Anapú (PA)
Relembramos hoje (12), os 18 anos do martírio da missionária norte-americana Dorothy Stang, assassinada em uma emboscada em Anapú (PA)
La monja de la CPT – Comisión Pastoral de la Tierra, conocida internacionalmente por sus acciones contra de los terratenientes, madereros y acaparadores de tierras en el Pará, fue ejecutada con seis disparos a quemarropa
A freira da CPT, conhecida internacionalmente pela atuação contra os fazendeiros, madeireiros e grileiros na região do Xingu, no Pará, foi executada com seis tiros à queima-roupa
A freira recebeu diversas ameaças de morte durante sua trajetória. Pouco antes de ser assassinada declarou: “Não vou fugir e nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta"
Aos 73 anos, Dorothy Stang somou-se a triste lista dos que foram acusados pelo latifúndio e assassinados por pistoleiros em consórcios formados para eliminar aqueles que representam obstáculos aos interesses privados de mercantilizar os bens da natureza
A repercussão desse assassinato deu a impressão que a violência de crimes praticados por motivos idênticos, se não fosse eliminada, pelo menos diminuiria. Os fatos posteriores vêm provando o contrário.
O número é quase cinco vezes maior que o Maranhão, o segundo estado no ranking de assassinatos por questões fundiárias.
O evento aconteceu na cidade de Belém, na Praça Mártires de Abril, que homenageia as vítimas de Eldorado dos Carajás, em que 21 trabalhadores Sem Terra foram assassinados.
Quem de fato matou Dorothy Stang foi o latifúndio, conforme denúncia dos bispos católicos brasileiros reunidos em Aparecida, em abril de 2013.
Missionária foi vítima do conflito pela posse da terra no Pará. Morosidade cria sensação de que Justiça do país pode ser parcial e seletiva.
Neste 12 de fevereiro, o assassinato de Dorothy Stang completa dez anos, sem que os mandantes pelo crime tenham sido, de fato, presos.
Dos cinco homens julgados e condenados pela morte, apenas um cumpre prisão em regime fechado, mas por outro crime.
Por Catarina Barbosa
Da Amazônia Real
Por Leandro Fortes
Da Pàgina da Carta Capital
Graças a um habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, o assassino da missionária americana Dorothy Mae Stang deverá estar, ainda hoje, solto nas ruas.
Regivaldo Pereira Galvão, conhecido pela meiga alcunha de “Taradão”, estava preso desde 6 de setembro de 2011 no Centro de Recuperação de Altamira (PA), condenado a 30 anos de prisão.
O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, foi condenado no final da noite de ontem em Belém (PA) a 30 anos de reclusão por ter mandado matar a missionária norte-americana naturalizada brasileira Dorothy Stang, há cinco anos.
Após mais de 14 horas de julgamento, Bida foi considerado pela maioria dos sete jurados autor de homicídio duplamente qualificado (por ter havido promessa de recompensa e recurso que impossibilitou a defesa) com o agravante da vítima ser idosa - ao morrer, com seis tiros numa estrada de terra de Anapu, Stang tinha 73 anos.
O assassinato da missionária estadunidense Dorothy Stang completa cinco anos nesta sexta-feira (12/2). Morta a tiros em Anapu, no Pará, a missionária era uma liderança popular e atuava junto à Comissão Pastoral da Terra (CPT) em defesa dos projetos de democratização da terra. Sua morte ganhou repercussão nacional e internacional. O episódio deixou evidente as conseqüências da estrutura fundiária no Brasil e a omissão do Estado.
A luta de Irmã Dorothy criou, durante 30 anos, muitos obstáculos aos interesses de madeireiros e latifundiários da região.
Da Agência Brasil
Passados cinco anos da morte da missionária norte-americana Dorothy Stang, um dos principais acusados de ser o mandante do crise, o fazendeiro Regilvado Pereira do Galvão, conhecido como Taradão, ainda não foi a julgamento. Para o procurador da República no Pará, Felício Pontes, o desenrolar do caso mostra que o sistema judicial brasileiro precisa passar por uma ampla reforma para se tornar mais célere e eficiente.
Da CPT
No final da tarde desta quinta-feira (4/2), a 5ª Turma do STJ, ao julgar o mérito do habeas corpus, interposto pela defesa de Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, determinou que o fazendeiro tem que voltar à prisão, onde cumpria pena de 30 anos de reclusão, por ter sido um dos mandantes do assassinato da missionária Dorothy Stang, crime ocorrido em 12 de fevereiro de 2005.