Assentados comemoram 15 anos de ocupação no Pará

Por Joâo Marcio Da Página do MST Uma alvorada de fogos na manhã de 5 de novembro marcou os 15 anos da ocupação que deu origem ao acampamento 17 de abril, que reuniu 690 famílias. O nome do acampamento relembra o massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido seis meses após a ocupação no município. Parte do antigo complexo da Fazenda Macaxeira, de 20 mil hectares de terras griladas improdutivas, destinadas ao assentamento, foram divididos em lote urbano e rural.


Por Joâo Marcio
Da Página do MST

Uma alvorada de fogos na manhã de 5 de novembro marcou os 15 anos da ocupação que deu origem ao acampamento 17 de abril, que reuniu 690 famílias.

O nome do acampamento relembra o massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido seis meses após a ocupação no município.

Parte do antigo complexo da Fazenda Macaxeira, de 20 mil hectares de terras griladas improdutivas, destinadas ao assentamento, foram divididos em lote urbano e rural.

O arroz, milho, mandioca, a criação para subsistência de galinha e porco e o comercio de leite é a principal atividade dos assentados.

“Companheiros que não tinham terras, que eram garimpeiros, ou trabalhavam na limpeza de pasto de fazendeiros ganhando miséria e, passando dificuldades, hoje vivem da produção de seu pedaço de terra”, conta Gouveia, que está no 17 de abril desde a primeira ocupação.

A escola do assentamento, que leva o nome do jovem Oziel Alves Pereira, que foi assassinado no massacre de Eldorado dos Carajás, com apenas dezessete anos, tem 1200 alunos, da pré-escola ao segundo grau. A maioria dos professores são assentados.

Para Gouveia, uma coisa é certa nesses quinze anos: “para aqueles que dizem que Sem Terra é preguiçoso, é só ver nossa vila, nossa produção e o que fizemos nesses quinze anos de 17 abril, pois Sem Terra estuda e trabalha sim”.