Trabalhadores rurais ocupam agência do BNB no Sertão de Alagoas

 

 

Da Página do MST

 

A agência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) na cidade de Batalha, a aproximadamente 180km da capital Maceió, foi ocupada na manhã desta terça-feira (22/01) por trabalhadores rurais organizados do MST. Os cerca de 200 trabalhadores cobram a liberação do “crédito estiagem”, modalidade especial criada para dar suporte às famílias atingidas pela seca. 

 

 

Da Página do MST

 

A agência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) na cidade de Batalha, a aproximadamente 180km da capital Maceió, foi ocupada na manhã desta terça-feira (22/01) por trabalhadores rurais organizados do MST. Os cerca de 200 trabalhadores cobram a liberação do “crédito estiagem”, modalidade especial criada para dar suporte às famílias atingidas pela seca. 

O Nordeste brasileiro, particularmente o Semi-Árido, vem sofrendo há mais de um ano com a seca mais cruel dos últimos 40 anos, segundo o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS). Para enfrentar as consequências da estiagem, o Governo Federal criou uma nova modalidade de crédito, especial, para as famílias atingidas pela estiagem. 

Desde a criação do “crédito estiagem” a burocracia tem sido o principal empecilho para o acesso ao financiamento por parte das famílias, o que gerou uma série de mobilizações em toda Alagoas com foco na desburocratização e agilidade do processo, já que se trata de uma calamidade. Entretanto, um grande contingente de famílias continua sem receber nenhum recurso até hoje. 

“Nossa reivindicação é simplesmente pela liberação do crédito”, afirma Iranildo Dantas, o Nininho. Ele explica que após a liberação para várias famílias, o Banco decidiu criar uma nova condição para liberação de novos aportes. “Eles inventaram agora que precisa fiscalizar previamente nossos lotes para liberar. Nós somos a favor da fiscalização, sim, mas daqueles que já foram liberados”, reivindica Nininho, contestando a alteração da burocracia com créditos já liberados no método anterior. 

Segundo os agricultores, cerca de oitenta famílias assentadas ainda precisam receber o crédito, e mesmo com toda mobilização pela desburocratização, o BNB anunciou que só recebe projetos deste crédito até a próxima sexta-feira (25/01). As atividades na agência ocupada estão totalmente paralisadas, mas até agora nenhuma equipe do BNB se dispôs a negociar com os agricultores. “Só saímos daqui quando tivermos a noção de quando vamos receber”, conclui Nininho.