MST divulga os frutos da luta pela terra na feira de Sergipe

 


Da Página do MST

 


Da Página do MST

 
No meio de toda a animação da Feira de Sergipe, jovens vestidos de camisas vermelhas distribuem panfletos e incentivam visitantes a entrar no Stand número 241 para provar um pedaço de queijo com mel, saborear um biscoito caseiro ou admirar bordados artesanais. Todos produzidos em assentamentos da Reforma Agrária.
 
De 11 a 26 de janeiro, o MST está divulgando os frutos da sua luta na 15ª Feira de Sergipe. Organizada pelo Serviço de apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Feira tem como objetivo divulgar os produtos, serviços, o folclore e o artesanato do estado de Sergipe. Situada na Orla de Aracaju, um dos principais pontos turísticos da capital, ela atrai um fluxo importante de visitantes.
 
O Stand do MST propõe uma amostra da produção agrícola e do artesanato dos assentamentos do estado de Sergipe: queijo, macaxeira, mel, geleia, biscoitos, provindo de 30 assentamentos das cinco regiões do estado. 
 
A maior parte da amostra é produzida por agroindústrias. “Em muitos assentamentos, chegamos a uma etapa interessante, onde agregamos valor ao produto da roça através um processo de industrialização”, afirma Juliana Oliveira de Melo, militante do MST e técnica do Centro de formação em agropecuária Dom José Brandão de Castro (CFAC).
 
É o caso da macaxeira, produzida a vácuo pela cooperativa do assentamento Jacaré-Curituba (região Sertão), do mel do assentamento Vaza Baris, das polpas do assentamento Roseli Nunes (região Sul), do queijo produzido pelo laticínio União, no assentamento Barra da Onça (Sertão).
 
“A nossa presença na Feira mostra à sociedade que o MST não só produz, mas também forma”, continua Juliana. O Stand é coordenado por filhos de assentados que concluíram, em novembro do ano passado, uma formação em Gestão de cooperativas.
 
Anieli Resende, filha de assentada no assentamento Zé Emidio, no município de Nossa Senhora da Glória, contribui com a organização e a animação do Stand. De acordo com a jovem militante, “este tipo de iniciativa contribui a mudar o olhar da sociedade sobre o MST. Mostramos que nossos assentamentos produzem alimentos e arte, sabem fazer coisas maravilhosas.”
 
Para Rosemari dos Santos, recém assentada no assentamento Daniel Ricardo (município de Canindé de São Francisco), a experiência está sendo muito positiva: “A reação dos visitantes da Feira está muito positiva. Muitos estão interessados em conhecer a história e os produtos do MST. E estamos vendendo bastante bem. Teve até turistas que pediram que a gente abrisse a nossa própria loja aqui em Aracaju!”
 
Reginaldo dos Santos, habitante de Nossa Senhora do Socorro, veio conhecer a Feira com a família. Incentivado pelos jovens assentados, ele provou um queijo coalho, gostou e acabou comprando.
 
“Eu já tinha uma boa impressão do MST, achava a sua luta pela terra e a justiça social muito importante. Mas não tinha noção da produção do movimento. Fiquei muito impressionado”, afirmou.
 
Assista também o Vídeo do MST na Feira aqui.