No RS, MST reúne amigos e aliados para comemorar 30 anos de luta

 

 

Da Página do MST

Na úlltima quinta-feira (27/11), o MST celebrou 30 anos de luta e organização, com a presença de amigos e aliados da Reforma Agrária, no Centro de Formação do Assentamento Filhos de São Sepé, em Viamão, região metropolitana de Porto Alegre (RS).

Estiveram presentes autoridades estaduais, regionais e municipais, dirigentes de movimentos sociais e sindicais urbanos, além de trabalhadores Sem Terra e amigos.

O Rio Grande do Sul é o berço do MST, que surge oficialmente em 1984, a partir das lutas pela terra no início da década de 1980, na Encruzilhada Natalino, em Ronda Alta.

Segundo o dirigente nacional do MST, Cedenir de Oliveira, a comemoração dos 30 anos de luta do Movimento só foi possível a partir da luta de massa dos camponeses Sem Terra no enfrentamento ao latifúndio e devido a sua capacidade de se reinventar a partir da conjuntura social e política de cada momento histórico do país.

“Em 30 anos de luta, conquistamos seis milhões de hectares de terra no país e organizamos mais de um milhão de trabalhadores Sem Terra, que viviam em condições precárias e hoje tem um pedaço de terra para produzir alimentos saudáveis e alimentar suas famílias”, comemora Cedenir.

Para ele, além do impacto econômico e social no Brasil, a organização do MST proporcionou a formação política, elevando a consciência e tirando muitos camponeses do analfabetismo.

Diante disso, ressaltou o papel central dos assentamentos nesse período, para a produções de alimentos saudáveis, sem o uso de agrotóxicos, para alimentar a população urbana.

Segundo o presidente da Federação dos Metalúrgicos do RS, Jairo Carneiro, o MST foi uma das principais criações de classe do século. Segundo ele, nesse momento é urgente a aliança entre os trabalhadores do campo e da cidade para o avanço da luta de classes.

“Quem produz comida e cultura no campo não é o agronegócio, mas os agricultores, assentados. Por isso, se os trabalhadores da cidade não entenderem o papel central dos trabalhadores do campo nesse processo histórico, não avançamos na luta pela produção de alimentos e mudanças sociais”. Explica.

O deputado estadual do PT, Edgar Pretto, que é filho de assentados do MST, reafirmou seu compromisso com a luta pela terra e a Reforma Agrária. “Como herdeiros dessa luta, temos a obrigação de continuar apoiando o MST e as famílias assentadas, sendo mais uma ferramenta política na assembleia legislativa para a busca da Reforma Agrária e as mudanças sociais no campo brasileiro”, afirmou.