Juiz considera latifúndio produtivo e Sem Terra saem às ruas para protestar

Da Página do MST


Cerca de 200 integrantes do MST, no município de Cáceres (MT), saíram às ruas da cidade na manhã desta quarta-feira (3) para protestar contra a decisão do juiz federal Raphael de Almeida Carvalho, que considerou a Fazenda Rancho Verde como produtiva. 

Da Página do MST

Cerca de 200 integrantes do MST, no município de Cáceres (MT), saíram às ruas da cidade na manhã desta quarta-feira (3) para protestar contra a decisão do juiz federal Raphael de Almeida Carvalho, que considerou a Fazenda Rancho Verde como produtiva. 

O protesto teve início em frente à Vara da Justiça Federal, próximo à Prefeitura Municipal. De lá, os manifestantes seguiram até o Ministério Publico Federal (MPF), onde também cercaram o prédio. 

A Fazenda Rancho Verde Essa é pleiteada pelo MST há cerca de quatro anos. Nesse período, já ocorreram dois despejos. 

Atualmente, os Sem Terra estão acampados na margem da BR 070, na saída de Cáceres para Cuiabá, nas imediações do local batizado como “Caranguejão”.

De acordo com o advogado do MST, Silvio Araujo Pereira, a decisão do magistrado “foi uma afronta a lei e a democracia, sendo totalmente parcial aos proprietários.” 

O advogado disse ainda que os proprietários são latifundiários improdutivos que usam a terra apenas para especulação imobiliária.

Silvio Araujo também criticou o magistrado federal Cazelli, apontando que no bojo do processo de desapropriação teria sido requisitado laudos de peritos sobre a condição da Fazenda Rancho Verde, e que essa recomendação foi ignorada. 

“Qualquer cidadão em Cáceres sabe que a Rancho Verde é um latifúndio improdutivo que está nas barras da cidade, atrapalhando o desenvolvimento e o futuro assentamento de trabalhadores rurais que desejam transformar ali num grande cinturão verde, e que contemple os reais propósitos da Reforma Agrária”, afirmou o advogado.