Em Salvador, dois mil trabalhadores marcham até o Farol da Barra por Diretas Já

Ação fez parte da jornada de lutas que ocorreu em diversas capitais do Brasil, durante o último domingo (21).

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Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST
Fotos: Levante Popular da Juventude

 

Pela renúncia de Michel Temer (PMDB) e por eleições diretas, bandeiras de luta convocadas pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, após o jornal O Globo divulgar informações das delações que envolvem a empresa JBS, cerca de dois mil trabalhadores e trabalhadoras organizados em diversos movimentos e organizações sociais ocuparam as ruas de Salvador, neste último domingo (21).

A ação se somou as manifestações de outras 14 capitais: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Manaus, Natal, Recife, Rio de Janeiro, São Luís e São Paulo.

 

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Durante o protesto, os trabalhadores convocaram toda sociedade soteropolitana a ocupar Brasília, num grande ato em frente ao Congresso Nacional, na próxima quarta-feira (24). Nesse sentido, Marcelo Carvalho, manifestante, disse que esse é o momento para pautar unidade e colocar no mínimo um milhão de pessoas em Brasília, “por isso é importante seguirmos em luta numa grande marcha”, declarou.

A mobilização começou às 13 horas no bairro Campo Grande e depois seguiu pelo corredor da Vitória, região nobre de Salvador, até o Farol da Barra, onde ocorreu um ato político de denúncia contra o governo Temer.

No percurso, diversas intervenções artísticas, faixas, cartazes, gritos de ordem e músicas exigiam “Fora Temer” e “Diretas Já”, principais reivindicações da classe trabalhadora em todo Brasil.

Diretas ou Indiretas?

As mobilizações deste domingo repudiavam a construção de eleições indiretas. Nesta modalidade, a população não possui direito ao voto. Os representantes são escolhidos pelo Congresso Nacional.

Por outro lado, as eleições diretas, pauta defendida pelos manifestantes, coloca nas mãos do povo, através do voto, o poder de decidir quem será o novo presidente da República, caso Michel Temer renuncie ou sofra um impeachment.

Evanildo Costa, da Direção Nacional do MST, destacou a necessidade a necessidade das eleições diretas no Brasil, para que cada trabalhador possa escolher o seu representante. “Não vamos aceitar a eleição indireta que o Congresso Nacional quer implementar e para impormos isso: agora é rua, é luta!”

Manifestações

Um calendário de lutas está sendo construído pelos movimentos populares do campo e da cidade, com o objetivo de barrar a continuidade do governo Temer. Na Bahia, uma nova mobilização está convocada para quarta-feira (24), durante o Ocupa Brasília, e o MST se soma a estas reivindicações em defesa da Terra, da Reforma Agrária e por uma sociedade mais justa e igualitária.

 

*Editado por Leonardo Fernandes