MST realiza ato em defesa do IFC em Abelardo Luz, em Santa Catarina
Por Juliana Adriano
Da Página do MST
Na sexta-feira (15), cerca de 400 pessoas se reuniram em um ato em defesa do Instituto Federal Catarinense (IFC) – campus avançado Abelardo Luz. A atividade foi organizada pelo MST, com apoio da Frente Brasil Popular, e contou com a participação movimentos camponeses integrantes da Via Campesina, sindicatos de trabalhadores rurais e urbanos, Central Única dos Trabalhadores, deputados federais e estaduais, professores de escolas públicas e da Universidade Federal da Fronteira Sul, Pastoral Social e integrantes do MST de diversas regiões de Santa Catarina.
Esta unidade do IFC está localizada no Assentamento José Maria e atende a demanda educativa regional. Além disso, é fruto da organização do MST e demais movimentos sociais. No dia 16 de agosto, a Polícia Federal apreendeu telefones e computadores de Ricardo Velho – Diretor do Campus ‐ e de Maicon Fontanive ‐ Coordenador Geral Pedagógico ‐ trabalhadores do IFC Abelardo Luz. O Ministério Público Federal demandou o afastamento da função de coordenação e a quebra de sigilo telefônico deles e da reitora Sônia Regina.
O ato é uma forma de repudiar estas ações e defender os direitos cidadãos, a educação do campo, os direitos dos movimentos sociais. Para o MST, é um direito defender uma agricultura livre de agrotóxicos, transgênicos e trabalho explorado, assim como é um direito viver e estudar no campo.
“O IFC no Assentamento José Maria é muito importante para os trabalhadores. O ato é realizado em desefe do Instituto no campo e também é contra a criminalização dos servidores do IFC, e da criminalização dos movimentos sociais. Nós continuaremos na luta”, afirmou Edivar, morador do Assentamento Juruá.
Segundo Nauro, dirigente regional, os ataques à educação no campo é um claro ataque à proposta emancipadora de educação defendida pelo MST, e uma determinação da direita política para impor um modelo que atenda aos interesses do mercado. “Querem uma educação para qualificar para o mercado trabalho capitalista e não querem um trabalhador que seja capaz de entender a sociedade onde está e fazer a sua crítica. O IFC dentro dos assentamentos, representa uma conquista para esse povo lutador, que nunca teve oportunidades”.
*Editado por Leonardo Fernandes