Argentina coloca freio no agrotóxico endosulfan
Por Alan Tygel, com fotos de Laís Pereira e Marcelo Durão
A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida organizou o primeiro debate no Rio de Janeiro.
O evento aconteceu na UERJ e teve como expositores Nivia Regina, do MST, Marcelo Firpo, da Fiocruz, e Gabriel Fernandes, da AS-PTA, na semana passada.
Apesar da campanha já ter participado de outros eventos no estado do Rio, este foi o primeiro organizado pelo comitê fluminense.
No dia 30 de junho termina o prazo estabelecido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que seja suspensa a produção do Metamidofós – ingrediente ativo de agrotóxicos. A resolução foi publicada em janeiro deste ano e proibiu de imediato as importações do produto, que no Brasil é produzido pela Fersol Indústria e Comércio S.A.
Da Página do MST
A plenária final do fórum permanente contra os agrotóxicos, realizada na Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em 3 de junho, no município de Cuiabá, no Mato Grosso, lançou uma moção para denunciar que "o uso e o nível de agrotóxicos, como fruto deste manejo sem ética, compromete a qualidade dos alimentos".
Abaixo, leia o documento.
Moção pela vida e contra os agrotóxicos
Por Joana Tavares
Da Página do MST
As 50 maiores empresas do agronegócio brasileiro tiveram uma receita de R$ 189 bilhões, maior que o PIB agrícola.
O estado de São Paulo consome 30% dos agrotóxicos utilizados nas lavouras brasileiras. Mesmo assim, ainda não possui uma legislação que regule a produção, o comércio e a aplicação desses produtos.
Por Joana Tavares
Da Página do MST
O Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário é a soma de todas as mercadorias agrícolas vendidas. Os dados disponíveis são estimativos, mas pode-se dizer que o PIB agropecuário de 2009 esteja em torno de R$ 163 bilhões, cerca de 15% do PIB total do Brasil.
Desses, calcula-se que cerca de R$ 120 bi sejam do agronegócio, e R$ 60 da agricultura familiar, não entrando no cálculo os produtos de auto-consumo.
Da Radioagencia NP
De acordo com informações do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola (Sindage), mais de um bilhão de litros de agrotóxicos foram jogados nas lavouras brasileiras na última safra. O número coloca o Brasil em primeiro lugar no ranking dos países que mais usam agrotóxicos no mundo. Para se ter uma ideia, é como se cada brasileiro consumisse, ao longo do ano, cinco litros de veneno.
Da Campanha por um Brasil Ecológico,
Livre de Transgênicos e Agrotóxicos
Na última semana, nos dias 25 e 26 de novembro, o Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos realizou congresso em Recife intitulado “Agrotóxicos, saúde e meio ambiente: o direito à informação”.
O evento marcou o primeiro ano de atuação do Fórum, que surgiu com o objetivo de ser um mecanismo de controle social sobre o tema. Além de Recife, Salvador e Cuiabá foram também sede de eventos semelhantes promovidos pelo Fórum ao longo de 2010.
Por Gabriel Brito
Do Correio da Cidadania
Na continuação da matéria a respeito da utilização dos agrotóxicos na agricultura brasileira, o Correio da Cidadania foca o implacável monopólio na cadeia produtiva brasileira e também o criminoso bloqueio que as gigantes do setor impõem a estudos e diagnósticos mais aprofundados acerca de seus efeitos, tanto no meio ambiente como na saúde dos seres vivos.
Nesta sexta-feira (22/10), às 19:45h, o Programa Projeto Popular, exibido pela TV Educativa do Paraná, traz o debate sobre os impactos dos agrotóxicos nos alimentos e na saúde da população.
Participam do debate Leticia Rodrigues da Silva (da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa) e Alfredo Benatto (sanitarista da Secretaria de Saúde do Paraná - Sesa).
Sobre o Programa Projeto Popular
Por Leila Leal
Da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fiocruz
Raquel Rigotto, professora do Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), participou como palestrante do Seminário Nacional Contra o Uso de Agrotóxicos, realizado de 14 a 16 de setembro na Escola Nacional Florestan Fernandes – Guararema, São Paulo.
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Por Vanessa Ramos
Da Página do MST
Os prejuízos causados à saúde com a utilização exagerada de agrotóxicos ainda são desconhecidos pela maioria da população e pouco discutidos pela sociedade. Por isso, mais de 20 entidades lançaram a campanha nacional contra o uso dos agrotóxicos.
Na semana passada, essas entidades participaram do seminário contra o uso dos agrotóxicos, organizado pela Via Campesina, em parceria com a Fiocruz e a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio.
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Da Radioagência NP
Em Limoeiro do Norte (CE), os agrotóxicos pulverizados por avião sobre as monoculturas de abacaxi, banana e melão, do perímetro-irrigado Jaguaribe-Apodi, estão contaminando a água da região.
De acordo com resultados parciais de pesquisa da Universidade Federal do Ceará (UFC), pelo menos oito tipos de venenos já foram encontrados nas amostras de caixas d’águas que abastecem diretamente as torneiras da população. Mesmo assim, os vereadores da cidade conseguiram derrubar uma lei municipal, que proibia a pulverização.
Por Débora Prado
Da Caros Amigos
A concentração no campo é conhecida inimiga na luta pela justiça social no Brasil. No País do agronegócio – em que usineiro é herói e a reforma agrária é divida histórica centenária – 2,8% das propriedades rurais são latifúndios que dominam mais da metade de extensão territorial agricultável do país (56,7%), segundo os dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) em 2006.
Por Cida de Oliveira
Da Rede Brasil Atual
A isenção de impostos para agrotóxicos no Ceará, em vigor desde 1997, é responsável por um uso indiscriminado de insumos na lavoura e na pecuária. Segundo Raquel Maria Rigotto, médica, professora e pesquisadora da Universidade Federal do Ceará, a prática provoca danos à saúde de trabalhadores e ao meio ambiente. A crítica foi feita durante sua palestra na manhã desta quarta-feira (15), no Seminário Nacional contra o uso dos Agrotóxicos, promovido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Guararema (SP).
Por Gabriel Brito
Do Correio da Cidadania.
Uma das grandes ameaças da atualidade à saúde do povo brasileiro, os agrotóxicos foram tema de seminário na Escola Nacional Florestan Fernandes, localizada em Guararema, interior de São Paulo, e inaugurada em 2006, a partir de esforços empreendidos pelos movimentos populares do campo.
Com a participação de profissionais da ANVISA e professores de universidades federais, o encontro serviu de alerta para um retrato praticamente invisível de nossa agricultura.
Por Vanessa Ramos
Da Página do MST
O modelo de produção agrícola e o comportamento alimentar social podem ser responsáveis pelos problemas de saúde enfrentados hoje pela população brasileira.
Regina Miranda, presidente do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do Rio Grande do Sul, alerta que "geração atual é a primeira em que os filhos não vão viver mais do que os próprios pais".
Por Vanessa Ramos
Da Página do MST
A Via Campesina, em parceria com a Fiocruz e a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, promovem um seminário nacional contra o uso dos agrotóxicos, na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema (SP).
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Apresentação do engenheiro florestal Horácio Martins de Carvalho
Por Silvio Caccia Bava*
O Brasil é o maior mercado de agrotóxicos do mundo e representa 16% da sua venda mundial. Em 2009, foram vendidas aqui 780 mil toneladas, com um faturamento estimado da ordem de 8 bilhões de dólares. Ao longo dos últimos 10 anos, na esteira do crescimento do agronegócio, esse mercado cresceu 176%, quase quatro vezes mais que a média mundial, e as importações brasileiras desses produtos aumentaram 236% entre 2000 e 2007. As 10 maiores empresas do setor de agrotóxicos do mundo concentram mais de 80% das vendas no país.
Em parceria com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a Polícia Federal realizou recentemente uma série de fiscalizações nas principais produtoras de agrotóxicos do Brasil. As blitz descobriram irregularidades nos produtos comercializados pelas seis empresas fiscalizadas, a Syngenta, Bayer, Basf, Milenia, Nufarm e a Iharabras.
Do Ecodebate
Em 2009, 65% dos agrotóxicos registrados no Brasil não chegaram a ser comercializados. Dos mais de 2 mil produtos disponíveis, apenas 783 chegaram às mãos dos agricultores. Os dados fazem parte do estudo “Monitoramento do Mercado de Agrotóxicos”, organizado pelo professor da Universidade Federal do Paraná Victor Pelaez.
A equipe de fiscalização do Ibama em São Paulo, com o apoio de técnicos da Diretoria de Qualidade Ambiental do Ibama Sede, realizaram uma vistoria no Porto de Santos e apreenderam 360 toneladas de agrotóxicos fora do limite permitido por lei.
A empresa Milenia Agrociências S/A, filial do grupo israelense Makhteshim Agan, terá de pagar multa de R$ 2,375 milhões. A sanção, aplicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 10/3, é resultado de fiscalização que encontrou 2,5 milhões de litros de agrotóxicos adulterados nas fábricas da empresa, em Londrina (PR) e Taquari (RS), em 2009. Apesar da relevância do fato, a grande mídia silenciou sobre o assunto.
Do portal da Escola Nacional de Saúde Pública
As principais barreiras que limitam a expansão, tanto da oferta quanto da demanda, do mercado dos alimentos orgânicos, motivaram o desenvolvimento da tese de doutorado do economista Wagner Lopes Soares, no Programa de Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP).
Fiscalizações feitas pelo governo federal nas principais produtoras de agrotóxicos do Brasil encontraram irregularidades que vão do uso de substâncias proibidas a mudanças de fórmulas sem autorização. O país, um dos líderes agrícolas do planeta, é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo.
São produtos que, se mal formulados e usados incorretamente, podem causar danos à saúde e às culturas em que são utilizados, diz Agenor Álvares, diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Do IHU Online
A reavaliação toxicológica de 14 substâncias usadas em mais de 200 agrotóxicos é ponto de atrito entre a Anvisa e as empresas do setor.
A reportagem é do jornal Folha de S. Paulo, 22-03-2010.
Nos últimos dias, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura, enviou ofício à Casa Civil pedindo que os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente participem do processo.
Ela alega que o veto às substâncias aumentará o custo da produção.
Apresentar o quadro de insegurança alimentar no Brasil associado à contaminação de hortaliças por agrotóxicos e os desafios de políticas públicas para a promoção da saúde, por meio do incentivo ao consumo saudável, são os objetivos do estudo "Agrotóxicos em hortaliças: segurança alimentar, riscos
socioambientais e políticas públicas para promoção da saúde".
Milhares de litros de agrotóxicos fabricados pela Basf, a terceira maior do setor no mundo, foram interditados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na última sexta-feira (5/3).
A agência afirma que são mais de 800 mil litros e que o número foi calculado de acordo com os dados retirados da própria empresa. Já a Basf diz que são 200 mil litros.
Por Henrique Cortez*
Já discuti este tema antes, mas, diante do continuado crime de nosso envenenamento alimentar, acho necessário retomar a discussão e atualizar as informações e referências.
A agricultura "tradicional" se orgulha de produzir alimentos mais do que suficientes para alimentar o planeta e a indústria química se orgulha de ter desenvolvido os insumos utilizados para isto.
Devemos nos perguntar qual é o real custo social, ambiental e de saúde desta grande produção ‘aditivada’ com agroquímicos. Quem arca com as conseqüências e quem realmente paga por isto?
Na safra de 2008/2009, o Brasil atingiu a marca de maior consumidor mundial de venenos agrícolas. Os agrotóxicos são feitos a partir de produtos de petróleo e de químicos não degradáveis e, portanto, depois de fabricados, permanecem na natureza.
Le Monde
Existe uma ligação entre a exposição dos agricultores aos pesticidas e anomalias do genoma podendo desenvolver um câncer. Em um congresso realizado em Marseille, na sexta-feira (5/2), pela Liga contra o Câncer, Bertrand Nadel (Centre d'immunologie de Marseille-Luminy) apresentou resultados obtidos durante um estudo (Agrican) lançado em 2005. Esses trabalhos poderiam resultar em uma estratégia de descoberta precoce de câncer do sistema linfático.