Do portal da Escola Nacional de Saúde Pública
As principais barreiras que limitam a expansão, tanto da oferta quanto da demanda, do mercado dos alimentos orgânicos, motivaram o desenvolvimento da tese de doutorado do economista Wagner Lopes Soares, no Programa de Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP).
Fiscalizações feitas pelo governo federal nas principais produtoras de agrotóxicos do Brasil encontraram irregularidades que vão do uso de substâncias proibidas a mudanças de fórmulas sem autorização. O país, um dos líderes agrícolas do planeta, é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo.
São produtos que, se mal formulados e usados incorretamente, podem causar danos à saúde e às culturas em que são utilizados, diz Agenor Álvares, diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Do IHU Online
A reavaliação toxicológica de 14 substâncias usadas em mais de 200 agrotóxicos é ponto de atrito entre a Anvisa e as empresas do setor.
A reportagem é do jornal Folha de S. Paulo, 22-03-2010.
Nos últimos dias, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura, enviou ofício à Casa Civil pedindo que os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente participem do processo.
Ela alega que o veto às substâncias aumentará o custo da produção.
Apresentar o quadro de insegurança alimentar no Brasil associado à contaminação de hortaliças por agrotóxicos e os desafios de políticas públicas para a promoção da saúde, por meio do incentivo ao consumo saudável, são os objetivos do estudo "Agrotóxicos em hortaliças: segurança alimentar, riscos
socioambientais e políticas públicas para promoção da saúde".
Milhares de litros de agrotóxicos fabricados pela Basf, a terceira maior do setor no mundo, foram interditados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na última sexta-feira (5/3).
A agência afirma que são mais de 800 mil litros e que o número foi calculado de acordo com os dados retirados da própria empresa. Já a Basf diz que são 200 mil litros.
Por Henrique Cortez*
Já discuti este tema antes, mas, diante do continuado crime de nosso envenenamento alimentar, acho necessário retomar a discussão e atualizar as informações e referências.
A agricultura "tradicional" se orgulha de produzir alimentos mais do que suficientes para alimentar o planeta e a indústria química se orgulha de ter desenvolvido os insumos utilizados para isto.
Devemos nos perguntar qual é o real custo social, ambiental e de saúde desta grande produção ‘aditivada’ com agroquímicos. Quem arca com as conseqüências e quem realmente paga por isto?
Na safra de 2008/2009, o Brasil atingiu a marca de maior consumidor mundial de venenos agrícolas. Os agrotóxicos são feitos a partir de produtos de petróleo e de químicos não degradáveis e, portanto, depois de fabricados, permanecem na natureza.
Le Monde
Existe uma ligação entre a exposição dos agricultores aos pesticidas e anomalias do genoma podendo desenvolver um câncer. Em um congresso realizado em Marseille, na sexta-feira (5/2), pela Liga contra o Câncer, Bertrand Nadel (Centre d'immunologie de Marseille-Luminy) apresentou resultados obtidos durante um estudo (Agrican) lançado em 2005. Esses trabalhos poderiam resultar em uma estratégia de descoberta precoce de câncer do sistema linfático.