
No MS, a questão indígena é um barril de pólvora prestes a explodir
Dois conflitos armados entre indígenas e fazendeiros eclodiram em menos de cinco dias no estado. A letargia do Judiciário e do Executivo é o principal indutor do confronto..
Dois conflitos armados entre indígenas e fazendeiros eclodiram em menos de cinco dias no estado. A letargia do Judiciário e do Executivo é o principal indutor do confronto..
Retomar a terra é atitude cidadã daqueles que, sustentados por um direito legítimo, dão um passo na direção de sua efetiva garantia, uma vez que o governo se mostra omisso.
Coletiva será na tarde desta terça, em Brasília, e falará sobre o mais recente assassinato de uma liderança Guarani-Kaiowá pelo latifúndio.
"O ruralismo organizou e comanda um verdadeiro Estado Paramilitar no MS. Fica evidente que o objetivo do Estado Paramilitar ruralista é o de eliminar os povos originários e seus aliados.
Líder comunitária era ameaçada por grileiro e foi assassinada em Iranduba. Comissão Pastoral da Terra denuncia falta de proteção aos ameaçados.
Um dos réus é João Teixeira Júnior, proprietário da Frutacor e um dos mais importantes empresários do agronegócio. Zé Maria com mais de 20 tiros depois de denunciar ilegalidades na Chapada do Apodi.
Entre as vítimas, havia uma criança de três anos. As famílias foram despejadas e ameaçadas de morte pelos pistoleiros.
O Fórum dos Movimentos de SP promove o seminário Direitos Humanos no Estado de SP, que abordará temas da segurança pública, violência contra a juventude e redução da maioridade penal.
Uma comitiva se reuniu com representantes de mais de 20 aldeias indígenas para verificar a real situação dos 45 mil Guarani-Kaiowá que vivem no MS.
Completaram-se 4 anos do assassinato de José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santos, em Nova Ipixuna (PA). Nesses anos que passaram, só aumentou a violência no campo.
Três lideranças indígenas foram mortas no período de uma semana, além do ataque contra uma comunidade, que teve casas e plantações queimadas.
Para o CIMI, não há um mandante especificamente dos crimes, mas o clima de ódio seria o responsável por incitar a prática.
Em 2014, a CPT registrou 21 conflitos por terra envolvendo 1456 famílias em TO, sendo que 332 famílias foram despejadas, uma tentativa de assassinato e 6 pessoas foram ameaçadas de morte.
A ocupação é uma resposta ao confronto que aconteceu neste sábado (2), quando cerca de 150 famílias foram recebidas à bala logo após ocuparem a Fazenda Santa Ilário.
A Fazenda Santa Ilário pertence a Antônio Borges, que em 2005 entrou na “Lista Suja” do trabalho escravo após o MTE encontrar 6 pessoas em situações degradantes.
Segundo a organização, das 29 mortes de líderes e militantes de causas ambientais ou agrárias registradas no país no ano passado, 26 delas estavam ligadas a conflitos de terra.
No Paraná, o debate sobre a propriedade da terra e o da violência contra os mais pobres são elementos centrais.
No caso Corumbiara um promotor ameaçou jurados com maldição e no Carandiru nenhum dos envolvidos direta ou indiretamente foi condenado penalmente em decisão definitiva.
Levantamento da CPT mostra que 108 dos 1.270 casos de homicídio registrados na última década foram a tribunal.
Quando os Sem Terra voltavam para casa, uma pessoa saiu do matagal e disparou alguns tiros contra ele e sua esposa.
Dão Baiano, Donizete Matador, Marcelo Catalão, Rafael Saldanha, Carlinhos da Casa Goiás, entre outros são os fazendeiros que articulam os assassinatos.
Apesar das constantes denúncias da comunidade de Kurupi, os ataques continuam sem que os indígenas possam contar com nenhum tipo de proteção.
Na madrugada do último dia 17, seis pessoas de uma mesma família foram barbaramente assassinadas no interior da fazenda Estiva, no Pará.
O evento aconteceu na cidade de Belém, na Praça Mártires de Abril, que homenageia as vítimas de Eldorado dos Carajás, em que 21 trabalhadores Sem Terra foram assassinados.
Quem de fato matou Dorothy Stang foi o latifúndio, conforme denúncia dos bispos católicos brasileiros reunidos em Aparecida, em abril de 2013.
Neste 12 de fevereiro, o assassinato de Dorothy Stang completa dez anos, sem que os mandantes pelo crime tenham sido, de fato, presos.
O governo brasileiro segue decidido a nada decidir, favorecendo os setores anti-indígenas e potencializando os conflitos e as violências contra os povo
Polícia Militar ateou fogo nos barracos de acampamento localizado no distrito Quebra Coco, Sidrolândia.
Dos cinco homens julgados e condenados pela morte, apenas um cumpre prisão em regime fechado, mas por outro crime.
Por Catarina Barbosa
Da Amazônia Real
Da CPT
O padre missionário italiano Marcos Bassani, que reside no povoado de Alto Brasil e presta serviços à Diocese de Grajaú (MA), foi intimidado com tom de ameaça em sua própria residência após denunciar o trabalho escravo na região em sua coluna no blog Grajaú de Fato.
O trabalho escravo é prática criminosa e violadora dos Direitos Humanos, comum no Estado do Maranhão, sobretudo em fazendas.
Por Marcio Zonta
Da Página do MST
Na última semana mais duas mortes ocorreram em circunstância de conflito agrário no sudeste paraense. Dessa vez, o palco foi a cidade de Bom Jesus do Tocantins, cerca de 70 quilômetros de Marabá.
Da Página do MST
Em documento enviado aos principais candidatos à presidência do Brasil, a Fundação Right Livelihood Award (Prêmio Nobel Alternativo de Direitos Humanos), exigiu soluções concretas diante do número de assassinatos de lideranças do campo e trabalhadores rurais no país.
Só em 2014, ao menos 25 pessoas foram assassinadas fruto do conflito agrário. O Brasil é o país que mais mata defensores de terra e do meio ambiente. Entre 2002 e 2013, foram 448 mortes.
Da CPT
Da Procuradoria da República no Estado do Tocantins
O Ministério Público Federal no Tocantins (MPF/TO), por intermédio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, instaurou inquérito civil para investigar ameaças relacionadas a conflitos fundiários no Tocantins feitas contra camponeses, defensores de direitos humanos, integrantes da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e de outros movimentos sociais.
Da CPT*
Desde quarta-feira (10), pistoleiros fortemente armados sitiam a comunidade Forquilha, às margens do rio Parnaíba, no município de Benedito Leite, fronteira entre o Maranhão e o Piaui, segundo denuncia a Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Os pistoleiros retiraram o gado que pertencia às famílias. Os moradores denunciaram o fato à polícia, que pediu a eles provas da existência de homens armados.
Da RBA
Desde janeiro foram registrados 23 assassinatos em conflitos no campo no Brasil, segundo o Centro de Documentação Dom Tomas Balduino, da Comissão Pastoral da Terra (CPT). Só neste mês, quatro lideranças morreram em Mato Grosso. De acordo com Paulo César Moreira, da coordenação da CPT no estado, a violência tem foco em sindicalistas e lideranças, e muitas delas denunciaram a situação para órgãos públicos, que poderiam ter evitado assassinatos.
Por Marcelo Hailer
Da Revista Fórum
Da CPT
A diretoria e a coordenação executiva nacional da CPT divulgaram, no dia 19-08-2014, Nota Pública onde denunciam e repudiam a onda de violência no campo, intensificada nos meses de julho e agosto desse ano.
Da Contag
Da Página do MST
Na tarde desta quinta-feira (13), os acampamentos Keno e 8 de março, ambos localizados na região de Planaltina do Distrito Federal (DF), foram incendiados de forma criminosa, segundo os Sem Terra. No Keno, todos os barracos e pertences dos acampados foram queimados.
Do Terra de Direitos
Na noite da última sexta-feira (4), Artêmio Gusmão, líder da comunidade quilombola Mancaraduba, foi assassinado a tiros e esquartejado perto de sua casa. O crime apresenta fortes indícios de estar ligado a conflitos fundiários, já que o quilombola sofria ameaças de morte por parte de fazendeiros e madeireiros da região. A comunidade reivindica demarcação das terras, localizada em uma área pública da União no município de Acará, Noroeste do estado. O processo de reconhecimento está na Justiça Estadual e é contestada pela empresa Biopalma.
Da Página do MST
Confira nota da Comissão Pastoral da Terra (CPT) denunciando a prisão do militante do MST de Marabá Moisés Jorge.
Da Página do MST
No início da tarde desta quinta-feira (22), por volta das 13h, o Acampamento Luis Carlos Prestes foi invadido e destruído pela polícia civil de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, levando dois militantes presos.
A polícia alegou que os militantes portavam armas de fogo, mas nada foi encontrado. Mesmo assim, os Sem Terra foram detidos.
O acampamento foi montado nas mediações da fazenda Itapetinga no último dia 15 de maio por cerca de 50 famílias do MST.
Mayrá Lima
Da Página do MST
O número de conflitos no campo registrados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) tiveram uma pequena redução em relação à 2012. Foram catalogados 1266 conflitos, quando, em 2012, foram 1364.
Deste total, em 2013, contabilizam-se 1007 conflitos por terra, 154 conflitos trabalhistas e 104 conflitos por água, de acordo com o relatório Conflitos no Campo de 2013, divulgado pela CPT nesta segunda-feira (28).
Por Vitor Nuzzi
Da RBA
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais recebeu ontem (23) recurso do ex-prefeito de Unaí Antério Mânica contra decisão que, além de multá-lo em R$ 25 mil, o tornou inelegível por oito anos, em um processo por abuso de poder político na eleição de 2012. Em 1º de abril, o TRE havia julgado recurso eleitoral de Mânica que contestava sentença da 280ª Zona Eleitoral de Unaí, mas manteve a decisão.
Do Cimi
Na madrugada de 06/04/2014 ocorreu um novo ataque de pistoleiros contra a comunidade indígena Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue. De acordo com informações das lideranças da comunidade, "seguranças” (pistoleiros) da fazenda Cachoeira, município de Iguatemi, armados com revolveres e espingardas de grosso calibre dispararam tiros contra os barracos de lona, enquanto as famílias Guarani e Kaiowá dormiam.
Do Coletivo Estadual de Comunicação do MST/BA
Da Página do MST
Completado um ano de impunidade, cerca de mil trabalhadores rurais Sem Terra das nove regiões do estado da Bahia relembraram e denunciaram o assassinato do Militante Fábio Santos, nesta quarta-feira (02).
Da Página do MST
Na manhã desta segunda-feira (24), 80 famílias Sem Terra ocuparam a Fazenda Imbiguida, no município de Casserengue (PB).
Logo na chegada, 15 homens armados começaram a atirar nas famílias. Um dos disparos atingiu o agricultor Erinaldo Pereira de Oliveira que se encontra no hospital de Trauma, em Campina Grande.
O conflito se arrasta há mais de 8 meses, desde a primeira ocupação feita no dia 25 de Julho de 2013.
Por Patrícia Bonilha
Do Cimi
Do Sul 21
Uma boa maneira de entender as posições políticas defendidas por nossos parlamentares e governantes é dar uma olhada em suas prestações de contas eleitorais, especialmente no item “doações de campanha”. As relações de afinidade entre doadores e candidatos nem sempre são diretas e automáticas. É comum grandes empresas doarem para candidatos de diferentes orientações políticas, mas elas costumam ter lá suas preferências.
Da CPT
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Tucuruí e o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Breu Branco (STTBB) denunciam ação truculenta da polícia militar contra famílias acampadas na fazenda Três Poderes, em Tucuruí, sudeste do Pará.
Da Página do MST
Nesta quinta-feira (29), acontece a segunda parte da audiência em que serão ouvidos testemunhas e réus acusados pela morte do militante Cícero Guedes, ocorrida no dia 26 de janeiro de 2013.
Por Wesley Lima
Da Página do MST
Neste último domingo (18), mais de cem trabalhadores rurais Sem Terra, acampados na Fazenda Boa vista, no município de Antas (BA), foram espancados e ameaçados de morte por 20 pistoleiros que invadiram o acampamento.
Os Sem Terra acusam o proprietário da área, José Edson Santana de Oliveira, bispo da cidade de Eunápolis, de ter contratado pistoleiros fortemente armados para invadirem o acampamento.
Da Página do MST
Os trabalhadores e trabalhadoras rurais Sem Terra do Acampamento Cipó Cortado, da Região Tocantina – que abrange o município de Senador La Roque e Amarante (MA) -, continuam sobre forte ameaça dos fazendeiros da região.
Segundo a nota divulgada pelas famílias, jagunços e milícias liderados pelo fazendeiro Francisco Elson de Oliveira, que conta com o apoio de outros fazendeiros locais, continuam circulando livremente pela região, ameaçando e amedrontando os Sem Terra.
Por Carlos Madeiro
Do UOL
Por Wesley Lima
Da Página do MST
O dirigente do MST, Fábio Santos da Silva, assassinado na última terça-feira (2) com 15 tiros por pistoleiros, em Iguaí, região sudoeste da Bahia, foi enterrado nesta quarta-feira (3).
Por Reynaldo Costa
Da Página do MST
Depois que pistoleiros quase tiraram a vida de um trabalhador rural do Acampamento Roseli Nunes em um ataque no sábado passado (27), agentes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) prometeram agilizar o processo de regularização da Fazenda Cipó Cortado para o assentamento dos acampados.
Por Reynaldo Costa
Da Página do MST
Trabalhadores rurais do Acampamento Cipó Cortado, em Senador La Roque, no Maranhão estão mais uma vez sob o cerco de pistoleiros. Desta vez um grupo de milícia rural armada que reúne cerca de 20 homens pressionam as famílias para saírem do acampamento.
Da Página do MST
Desde 2010, 280 famílias de trabalhadores e trabalhadoras rurais mobilizadas pelo MST se encontram acampadas em uma área rural no município de Curionópolis, conhecida como acampamento Frei Henri, a margem da rodovia PA-275, 16 km da cidade de Parauapebas, no sudeste do Pará.
Da Terra de Direitos
Mais de cem famílias do Acampamento Gregório Bezerra, de Agrestina/PE, sofrem constantes agressões físicas e psicológicas desde a ocupação da fazenda Serro Azul, em abril de 2011. Diversas denúncias sobre situação do Acampamento foram encaminhadas ao poder público brasileiro, sem que houvesse qualquer medida protetiva aos trabalhadores ou de punição aos criminosos.
Por Luis Nassif
Do Blog do Nassif
O calvário do professor Geraldo Barbosa começou no dia 14 de abril passado, quando seu filho, Alexandre Drumond Barbosa, delegado da Polícia Federal, foi barbaramente executado pelo ruralista Alessandro Meneghel por motivo futil.
Desentenderam-se por causa de uma moça, em um bar de Cascavel.
Por Rafael Soriano
Da Página do MST
Após nove anos acampados nas fazendas Faceira e Angico, de propriedade do Prefeito de Campo Grande, Antônio Higino Lessa (PTB), em Traipu-AL (a 188km de Maceió), integrantes do MST receberam ameaças de morte. Segundo trabalhadores do assentamento Jacobina, três homens de moto entraram no assentamento, onde vivem militantes e lideranças do MST na região, perguntando por algumas pessoas.
Por Juliana Sada
Do O Escrivinhador
Nesta semana, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) lançou seu relatório anual com o balanço dos conflitos no campo. De 2010 para 2011 estima-se que houve um aumento de 15% nos conflitos, que podem ser por terra, trabalhistas ou por água, e abrangem ocupações, ameaças, assassinatos, trabalho escravo, acampamentos e superexploração.
Por Alexandre Dall'Ara
Do Portal iG
Por Fábio Reis
Da Página do MST
Na última quarta-feira (18), foi registrado mais um caso de ameaça de morte a um trabalhador Sem Terra do MST, na região Sul do Maranhão (MA). Por volta das 16h, o camponês e dirigente Lazaro Alves Ferreira, que participava da Jornada de Lutas pela Reforma Agrária em Brasília, recebeu uma mensagem em seu celular com ameaças de morte a sua pessoa e à sua família.
Da Página do MST
Durante este fim de semana, o acampamento 8 de março - na fazenda Toca da Raposa, em Planaltina - sofre com a ação de pistoleiros fortemente armados. Desde o último sábado, eles atiram contra as famílias acampadas. A polícia foi comunicada, mas o clima é de apreensão.
“Primeiro, os jagunços tentaram nos intimidar com tiros disparados para o alto. Agora, eles atiram contra o acampamento. Tememos por um novo massacre”, disse Viviane Moreira, integrante do MST.
Do MCP
Nesta terça-feira (10), pela manhã, uma ação truculenta da polícia militar de Goiás deixou várias pessoas feridas, entre elas uma mulher grávida de seis meses. A ação da polícia aconteceu quando centenas de pessoas realizavam uma caminhada pacífica pelas ruas de Catalão (GO). Os manifestantes foram surpreendidos pela violência da polícia do governador Marconi Perillo.
Da Página do MST
O trabalhador rural Sem Terra Pedro Bruno foi assassinado na manhã desta segunda-feira, (02) com vários tiros, próximo ao engenho Pereira Grande, no município de Gameleira, Zona da Mata Sul de Pernambuco.
Pedro Bruno era assentado no Assentamento Dona (Margarida Alves), e se dirigia a outro assentamento, Frescudim, ambos também no município de Gameleira, quando foi alvejado por vários tiros de arma de fogo. A polícia foi avisada pela família, mas até o momento ainda não tinha chegado no local.
Da Página do MST
Por Reynaldo Costa
Da Página do MST
Durante a reocupação da Fazenda Rio dos Sonhos, em Bom Jesus das Selvas (MA), por cerca de 300 trabalhadores no último sábado (25), o agropecuarista e grileiro José Osvaldo Damião atropelou a gestante de seis meses Fagnea Carvalho de Oliveira, que acabou perdendo seu filho.
Do Terra de Direitos
Da Página do MST
Cerca de 150 famílias do MST ocuparam na manhã de quarta-feira (15/9) a Fazenda Cambará, no município de Santa Luzia (PA), para exigir o imediato assentamento das famílias do acampamento Quitino Lira.
Por Leonardo Sakamoto*
Esta 25ª edição de Conflitos no Campo Brasil, lançada em 15/4, não tem nada de comemorativo, pois apresenta crescimento tanto do número de conflitos envolvendo camponeses e trabalhadores do campo, quanto da violência em relação ao ano anterior de 2008.
O número total de conflitos soma 1184, contra 1.170, em 2008, com aumento considerável em relação especificamente aos conflitos por terra, 854 em 2009, 751 em 2008.
"Se existe violência no campo, quem sofreu violência foi o proprietário”.
Luiz Antonio Nabhan Garcia, agropecuarista e presidente nacional da União Democrática Ruralista (UDR), na Agência Estado.
Levantamento divulgado ontem pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) registra que em 2009:
- 25 trabalhadores rurais mortos
- 62 tentativas de assassinato
A Brigada Militar já isolou a Fazenda Bela Vista, em Sananduva - no Norte do estado - e se prepara para despejar as cerca de 200 famílias Sem Terra que ocupam a área desde a madrugada desta quinta-feira (15/4).
Os policiais estão aumentando o efetivo e afirmam que irão fazer o despejo, bem como identificar todos os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no decorrer desta noite.
A Comissão de Legislação Participativa (CLP) realiza, nesta quarta-feira (14/4), audiência pública para discutir a criminalização dos movimentos sociais no Brasil e as causas da violência no campo.
Na próxima quinta-feira (15/4), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) lançará sua publicação anual, Conflitos no Campo Brasil 2009. É a 25ª edição do relatório que concentra dados sobre os conflitos, violências sofridas e ações de trabalhadores e trabalhadoras rurais, bem como comunidades e povos tradicionais, em todo o país. O lançamento se realizará no auditório da Editora da Unesp (praça da Sé, nº 108, 7º andar), em São Paulo (SP), a partir das 9h.
O coordenador de Políticas Agrárias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Pará (Fetraf), Pedro Alcântara, foi covardemente assassinado na última quarta-feira (31/3), alvejado com cinco tiros no município de Redenção, no sul do estado, quando caminhava com a esposa pela cidade.
Segundo testemunhas, Pedro foi executado numa emboscada por dois pistoleiros de moto, que fugiram após os disparos.
O Batalhão de Choque da Polícia Militar realizou um despejo violento de 75 famílias do MST de um latifúndio improdutivo, no município de Touros (a 70 km da capital), na região litorânea do Rio Grande do Norte, na tarde desta terça-feira (30/3).
Os 150 soldados do batalhão chegaram ao local em torno das 14h. Logo depois, queimaram os barracos com os pertences das famílias e deixaram seis pessoas feridas, que foram levadas ao Hospital Municipal de Touros.
O Batalhão de Choque da Polícia Militar realizou um despejo violento de 75 famílias do MST de um latifúndio improdutivo, no município de Touros (a 70 km da capital), na região litorânea do Rio Grande do Norte, na tarde desta terça-feira (30/3).
Os 150 soldados do batalhão chegaram ao local em torno das 14h. Logo depois, queimaram os barracos com os pertences das famílias e deixaram seis pessoas feridas, que foram levadas ao Hospital Municipal de Touros.
Dois trabalhadores rurais, pai e filho radicados há 23 anos numa pequena propriedade rural na Praia dos Coqueiros, na região da comunidade de Costa Dourada, litoral sul do município de Mucuri (BA), foram interceptados sobre uma motocicleta perto de casa no final da manhã desta quarta-feira (17/3), por quatro homens a serviço da Fibria Celulose (antiga Aracruz Celulose). Um deles foi morto com um tiro à queima roupa na cabeça.
Leia abaixo a nota divulgada pelo Fórum Sócio-Ambiental do Extremo Sul da Bahia e Rede Alerta contra o Deserto Verde.
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) lança, no dia 15 de abril, na cátedra da Unesco, em São Paulo (SP), o relatório Conflitos no Campo Brasil.
O relatório, que chega à sua 25ª edição, apresenta análises e dados da violência contra os trabalhadores rurais, conflitos pela terra, mortes e ameaças de mortes. É o estudo mais completo sobre o tema.
Leia abaixo a carta divulgada pela CPT:
Durante o último fim-de-semana (13 e 14/3), pistoleiros se vestiram de policiais militares para aterrorizar trabalhadores rurais que ocupam uma fazenda no sudeste do Maranhão. A Fazenda Cipó Cortado, no Município de Senador La Roque, está ocupada com cerca de 310 famílias desde novembro de 2007. Desde então, um grupo de cerca de 40 pistoleiros se instalou na sede da fazenda, a 2 km do acampamento, para tentar expulsar os trabalhadores, praticando terrorismo psicológico e torturas contra os acampados.
O assentado José Aparecido Costa da Silva, preso desde 28/2, deixou na tarde desta terça-feira (9/2) a delegacia distrital de São Miguel dos Campos.
A libertação do Sem Terra aconteceu após um acordo firmado em juízo entre o MST, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Associação de Pequenos Produtores Rurais da Fazenda Capim. A reunião entre as partes aconteceu pela manhã no fórum da Comarca de Água Branca.
Na tarde do último domingo (28/2), um dia após a reocupação da fazenda Capim, acampamento 1º de Novembro, em Inhapi-AL, o assentado José Aparecido Costa da Silva foi abordado por cinco viaturas da Polícia Militar quando se deslocava de sua casa, no assentamento Frei Damião, para o centro da cidade. O agricultor relata que teve suas algemas tiradas dentro da viatura e que passou cerca de três horas rondando pela zona rural de Inhapi, sendo ameaçado de morte e recebendo pressões dos policiais.
O Desembargador e ouvidor agrário nacional, Gercino José da Silva Filho, fez um pedido formal nesta terça- feira (2/3) ao Juiz Armindo dos Reis Neto, da Comarca de Porto Franco, no sudeste do Maranhão, para que suspenda a liminar de despejo da Fazenda Lote 7, ocupada há treze anos pelo MST.
Na área, que tem 1,8 mil ha, vivem 75 famílias desde agosto de 1997, produzindo para sua sobrevivência. No local, muitas casas já foram construídas e muitos investimentos foram feitos, como sítios e plantios de culturas perenes.
Os movimentos sociais de Alagoas iniciam uma grande movimentação para pressionar as autoridades pela libertação de José Aparecido, preso no último domingo (28/2) em repressão à reocupação da fazenda Capim, acampamento 1º de Novembro, na zona rural de Inhapi. Em visita do advogado a Cido, o militante se encontrava abatido e relatou que foi mal tratado. As entidades ligadas à luta pelos Direitos Humanos já estão recebendo os alertas.
No último sábado (27/2), cerca de cem famílias ligadas ao MST reocuparam a fazenda Capim, em Inhapi (aproximadamente 275 km de Maceió). As famílias haviam sido despejadas do imóvel por ação da Polícia Militar no dia 2 de fevereiro, quando o governo do estado descumpriu o acordo firmado com o MST e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em dezembro de 2009, durante ocupação da Secretaria de Agricultura.
Do Cimi
Novas arbitrariedades com indígenas na Bahia. Na última sexta-feira (19/2), indígenas da aldeia de Serra do Padeiro, no município de Buerarema, sul da Bahia, sofreram ataques e ameaças de fazendeiros da região. As agressões aconteceram durante manifestação dos produtores da região contra a demarcação das terras Tupinambá.
Acampadas há mais de dois anos, as 40 famílias do acampamento João Sem Terra, em Senador Pompeu, a 240 Km de Fortaleza (CE), receberam nesta segunda-feira (22/2) uma ordem de despejo.
Segundo a direção do MST na região, a área reivindicada pelos trabalhadores e trabalhadoras
tem mais de 2 mil hectares, é improdutiva e está abandonada. Os e as Sem Terra pretendem resistir no local. Desde o início da ocupação, as famílias vêm sendo ameaçadas por jagunços da fazenda.
No Ceará, mais de 1,5 mil famílias vivem acampadas.
Por Passa Palavra
No fim de semana de carnaval um grupo de trabalhadores, trabalhadoras e estudantes, integrantes dos movimentos sociais urbanos, foram prestar sua solidariedade aos trabalhadores rurais sem terra que estão acampados na Fazenda São Francisco II em Ponta Grossa, estado do Paraná. Em menos de um dia no local, já puderam entender o que é grilagem [1], truculência e a necessidade da unidade dos trabalhadores do Campo e da Cidade.