Em entrevista ao Saúde Popular, médico argentino analisa os danos causados por alimentos geneticamente modificados e agrotóxicos para as pessoas e a sociedade.
Pesquisador da UFRJ detecta ação do agronegócio para influir na educação do campo. Para ele é preciso pensar na educação como um todo, que é a escola pública unitária.
Segundo eles, as terras indígenas no MS viraram pasto, e em boa parte dos casos a propriedade é sustentada por títulos forjados, que estaria inconstitucionalmente acima da vida.
"A carne, a soja e a cana que saem do Mato Grosso do Sul têm sangue indígena e não podemos mais aceitar nenhum modelo econômico, ou de ‘desenvolvimento’, que se baseie na morte e no genocídio de populações tradicionais", afirma o Cimi.
A ilegalidade está na pesquisa, experimentação, produção, embalagem, rotulagem, transporte, armazenamento, comercialização, publicidade e utilização desses produtos.
Em entrevista ao Brasil de Fato, Silvia Ribeiro mostra que, ao contrário do que se pensa, a riqueza mundial cresceu 68% nos últimos dez anos, mas apenas 1% da população acumulou 95% da riqueza gerada.
Promotor gaúcho aponta desinformação e alto analfabetismo funcional na zona rural do estado – que dificulta a compreensão das informações nos rótulos dos venenos que manipulam – como fatores de risco.
"No Brasil, o lobby dos agrotóxicos é pesado. Daria um longa-metragem de “ficção'' tão engraçado e trágico quanto o da indústria do tabaco", escreve Leonardo Sakamoto.
Odair José de Souza, dirigente do Movimento dos Pequenos Agricultores, discute o papel do agronegócio, criticando o uso de agrotóxicos, e analisa os desafios postos para a produção de alimentos saudáveis.
A ação obriga o Estado a publicar uma lista de produtos químicos conhecidos por serem causa de câncer, defeitos pré-natais e outros danos reprodutivos.
“Chamam de progresso, mas os lucros são privados e nos territórios ficam a doença e a devastação”, diz um dos moradores; “Já nos deram golpes e balas de borracha. Não me importo. Vou deixar a vida pelos meus filhos”, afirma outro.
“Em 2005 o consumo médio de agrotóxicos era da ordem de 5 kg/hectare e, em 2011, passou a ser de 11 kg/hectare. Ou seja, em menos de uma década dobramos a quantidade de agrotóxicos utilizada no país”, informa Larissa Mies.
Segundo o professor Ramón Fogel, esse modelo com poucas regulações representa uma nova relação com a natureza, com efeitos destrutivos para os recursos naturais.
Estudo da USP com base em dados do ministério da Saúde e da Fiocruz indica que entre 2007 e 2014 foram notificadas 2.150 intoxicações por agrotóxicos na faixa etária de 0 a 14 anos de idade; número pode ser 50 vezes maior.
O setor está sendo atingido em cheio pela reversão dos preços das commodities com a crise chinesa, colocando em cheque a dependência econômica do país.
Movimento dos Pequenos Agricultores critica proposta da ministra Kátia Abreu e defende Plano Camponês, “uma alternativa comprometida com a soberania alimentar no país”.
Seminário promovido pelo IHU e PPG em Saúde Coletiva da Unisinos evidenciou o impacto do uso de agrotóxicos no ambiente e toda a lógica que sustenta o sistema apoiado no agronegócio.
Muitas vezes a intoxicação pode continuar se manifestando de forma silenciosa até o fim da vida, tendo como resultado, por exemplo, o aparecimento de um câncer”, alerta a toxicologista.
O conflito ocorre em torno dos esforços das corporações em bloquear leis aprovadas localmente para impedir a aspersão de agrotóxicos em áreas próximas a escolas e hospitais.
Apenas no Mato Grosso, um dos principais polos do agronegócio no país, a má distribuição da terra é tem se tornado uma das principais causas de conflitos sociais.
Agronegócio, grandes hidrelétricas, asfalto, exploração de minérios e commodities, desencadeiam processos de destruição da natureza e de saberes acumulados durante milênios.
Especialistas da área jurídica e científica analisam o processo de liberação de organismos geneticamente modificados no Brasil, denunciando possível influência de empresas produtoras.
Após três anos do impeachment contra Lugo, no Paraguai, advogados de camponeses correm risco de perder registro profissional por escancarar brechas no processo.
Irregularidades e violações de direitos são tão frequentes que deixaram 7.822 funcionários da empresa doentes ou incapacitados para o trabalho nos últimos quatro anos.
Enquanto o mundo barra os produtos transgênicos e com agrotóxicos, aqui um grupo de deputados faz todo jogo possível para favorecer os produtores de nocivos à saúde.
Os Estados Unidos não procuram apenas adonar-se das soberanias e recursos naturais de outros, mas trabalham com vistas a controlar a alimentação do mundo.
Proposta que segue para o Senado teve repúdio de mais de 100 organizações; população brasileira pede cumprimento ao direito à informação sobre o que está consumindo.
Santos expressou que a decisão foi tomada a partir do resultado das investigações realizadas pela OMS, que recomendou sua não utilização pelos seus resultados adversos à saúde.
Segundo pesquisadora, os impactos às abelhas são “diretos”, quando ocasionam a morte dos animais, e “indiretos”, quando causam “prejuízos no sistema imune, na comunicação ou na organização social.
“Quando a empresa fala que só irá plantar uma pequena porcentagem de 2% a 3% de eucalipto transgênico, nós estamos falando de 20 a 30 mil hectares”, adverte engenheiro florestal.
Perdemos 24 bilhões de toneladas de solo fértil por ano. Até 2030, está previsto um crescimento da área urbanizada equivalente a superfície da África do Sul.
Segundo Dom Erwin Kräutler, presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), os povos indígenas são tratados como estrangeiros e invasores no Brasil.
O procurador regional do MPT fala sobre a importância da população exigir o direito à informação e a transparência sobre o que está presente nos alimentos.
Entre 2007 e 2014, foram registrados 3.229 casos de intoxicação na região oeste do Paraná, sendo que 20% em decorrência do uso de agrotóxicos agrícolas, raticidas e agrotóxicos domésticos.
Ministério Público Federal a pedir proibição do glifosato – veneno mais usado no país. Novos estudos internacionais ampliam suspeita de que seja cancerígeno.
“As lavouras de eucalipto destinadas à pasta de celulose constituem grandes blocos de uma mesma e única planta, multiplicada por técnicas de clonagem”, adverte o engenheiro agrônomo.
Num dos maiores países agrícolas, produtos químicos - incluindo paraquat - enfrentam regulação frouxa. E no Nordeste rural, uso desenfreado levou a doença e violência.
Começa, nas redes sociais, campanha para preservar culturas alimentares — pressionadas por agronegócio, industrialização obsessiva, padronização do gosto e normas sanitárias obsoletas.
Em todas as regiões do país são encontradas amostras de resíduos tóxicos em concentrações acima do recomendável, seja nas plantações, no solo, nas águas ou nos peixes.
Para Stedile, a atual Reforma Agrária é muito mais do que distribuir terra. Ela também tem que resolver o problema dos agrotóxicos, garantir um futuro, respeitar o meio ambiente e a biodiversidade.
Cirineide Castanha, mãe de Ezequiel Castanha, vendeu gado para a JBS. Antes disso, ela recebera mil cabeças da fazenda do marido, acusado de ser parte da quadrilha que grilava e desmatava terras.
A liberação de eucalipto transgênico está para ser votada na manhã desta quinta pela CTNBio. A ocupação se deu no município de Itapetininga, em São Paulo.