
O governo Dilma no cabresto do agronegócio?
Não pode um governo que pretende ser 'popular' se submeter às exigências econômicas e políticas do agronegócio

Não pode um governo que pretende ser 'popular' se submeter às exigências econômicas e políticas do agronegócio

“As afirmações da ministra refletem o pensamento conservador que decreta a intempestividade da reforma agrária ante a realidade rural da atualidade”, destaca o agrônomo e presidente da Abra.

Cercados pelo agronegócio, os índios resistem em um bolsão de pobreza, onde os programas sociais chegaram, mas não foram suficientes.


Por Bruno Dominguez
Da revista Radis
Por Bruno Pavan
Do Brasil de Fato
Em novembro do ano passado aconteceu em Roma (Itália), a 2ª Conferência Internacional de Nutrição (CIN 2). Apesar de alguns avanços no combate à fome no mundo em relação ao primeiro encontro, realizado em 1992, um dado ainda assusta: em pleno século 21, 850 milhões de pessoas são cronicamente subnutridas.

O Brasil possui cerca de 130,3 mil latifúndios ou grandes propriedades rurais, que concentram uma área superior a 244,7 milhões de hectares.

Dados dão conta de que 175,9 milhões de hectares são improdutivos no Brasil

A nova ministra da Agricultura e Pecuária, Kátia Abreu, determinou suas metas em seu discurso de posse

Da Repórter Brasil
Talvez passe despercebido àqueles que vão ao supermercado que um conjunto pequeno de grandes transnacionais concentra a maior parte das marcas compradas pelos brasileiros. Dez grandes companhias – entre elas Unilever, Nestlé, Procter & Gamble, Kraft e Coca-Cola – abocanham de 60% a 70% das compras de uma família e tornam o Brasil um dos países com maior nível de concentração no mundo. O que sobra do mercado é disputado por cerca de 500 empresas menores, regionais.
Por João Vitor Santos
No IHU-Online
Pensar um Brasil que não priorize uma produção agrícola em latifúndios de monoculturas para exterminar o uso de agrotóxicos. É o que propõe Fran Paula, engenheira agrônoma da coordenação nacional da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida em entrevista concedida por e-mail para a IHU On-Line.
Por Rodrigo Martins
Da Carta Capital
De 2011 a 2014, a presidenta Dilma Rousseff incorporou 2,9 milhões de hectares à área de assentamentos e beneficiou 107,4 mil famílias sem-terra, segundo o mais recente balanço do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, divulgado na quarta-feira 7. É a menor média anual de assentamentos desde o governo Fernando Henrique Cardoso. A petista distribuiu terras a 26,8 mil famílias a cada ano, contra 76,7 mil no período Lula e 67,5 mil nos dois mandatos do tucano.

Representantes de todas as áreas dos assentamentos e acampamentos do MST se reuniram com a equipe do Incra para planejar um calendário de ações para 2015.

Nova ministra da agricultura, afirmou que "não existem mais latifúndios no Brasil"

Mais de 100 milhões de hectares passaram para o controle de latifundiários, que possuem em média mais de 2.400 hectares.
Por Tatiana Farah
Do Globo
O Brasil registrou durante o primeiro governo da presidente Dilma Rousseff um aumento de concentração de terras em grandes propriedades privadas de pelo menos 2,5%. Dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) revelam que, entre 2010 e 2014, seis milhões de hectares passaram para as mãos dos grandes proprietários — quase três vezes o estado de Sergipe. Segundo o Sistema Nacional de Cadastro Rural, as grandes propriedades privadas saltaram de 238 milhões para 244 milhões de hectares.
Por Vinicius Borba*
Da Revista Fórum
Por Vandana Shiva
Como o ano novo começa, sinto-me compelida a refletir sobre como ficções e construções abstratas estão governando-nos; a natureza de ser e de existência está sendo redefinida em tais aspectos fundamentais que a própria vida está ameaçada. Quando as corporações que foram projetadas como construções jurídicas afirmam "pessoalidade", então, pessoas reais — que ficam na fila para votar, mantém os meios de subsistência e cria famílias — perder os seus direitos.
Por Rafael Govari
Do Envolverde
Os Xavante da Terra Indígena (TI) Marãiwatsédé, no leste mato-grossense, tentam manter as tradições que herdaram de seus antepassados, mas enfrentam desafios para conseguir os recursos da natureza para fazer suas casas, seu artesanato e para realizar seus rituais. A caça também está escassa e até água falta. Além disso, acredita-se que a água de alguns rios esteja contaminada com agrotóxicos.
Por Cristiane Passos
Da CPT
2014 inverteu a lógica de violência que vinha se mantendo nos últimos anos. Foram seis membros de comunidades tradicionais assassinados, conforme dados preliminares da CPT.
A luta organizada desses povos e a atenção midiática que se voltou para suas pautas em todo o mundo pode ter freado a investida do capital contra suas vidas. Em compensação, tal investida voltou-se para os assentados, pequenos proprietários, trabalhadores sem-terra, posseiros e sindicalistas, que perderam 28 militantes nesse ano.
Do Cimi
Do MPF-PA

Por Igor Felippe
Do Escivinhador
A nova ministra da Agricultura, a senadora Kátia Abreu (PMDB), disse em sua primeira entrevista depois da nomeação, concedida a Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo (leia aqui) que não existe mais latifúndio no Brasil. Assim, ela sustenta que não é necessária uma Reforma Agrária em massa.
Da CPT
A Comissão Pastoral da Terra (CPT), em nota, repudiou a nomeação de Kátia Abreu, líder da CNA, como Ministra da Agricultura.
"A nomeação de Kátia Abreu é a sinalização clara e explícita de que para a Presidenta, neste novo mandato, os povos indígenas, as comunidades quilombolas e outras comunidades tradicionais, os sem-terra em geral, continuarão a ser tratados como entraves que devem ser afastados de qualquer jeito para que o “desenvolvimento econômico” aconteça em nosso país."
Do IHU Online
“Não pode mais haver oposição entre ambiente e desenvolvimento, nem entre atenção social e proteção ambiental. É imperativo mudar o modelo”, diz o pesquisador.
alt
“O problema ecológico não é só biológico, técnico ou político; é um assunto de cultura e, como tal, está inscrito em um paradigma de civilização. Este paradigma baseia-se na economia de materiais (extrair, transformar, comercializar, consumir, descartar)”.
Por Christina Sarich*
Da Naturalsociety
Você não imaginaria a fome que assola os subúrbios da América, mas os cidadãos vivem em cidades como Houston, Detroit e Fresno, Califórnia mesmo ou Orlando, Florida se preocupando em alimentar suas famílias todos os meses. Certamente essas pessoas são beneficiadas por culturas geneticamente modificadas que são cultivadas em cada pedaço de terra em torno deles, certo? Realmente Não.
Por Jacques Távora Alfonsin
Os desastres ambientais provocados pela aplicação de agrotóxicos no meio rural, por mais conhecidos frequentes, e lamentados, continuam aumentando o número das suas vítimas. Nos dias 27 e 28 de novembro passado, na localidade de Lageadinho, município de Cacique Doble (RS), várias famílias vizinhas à uma área de terras onde eles foram utilizados, sofreram os danosos efeitos dos venenos conhecidos como 2,4-D e Paraquat.
Do portal Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta terça-feira (9), duas iniciativas regulatórias para propor o banimento dos agrotóxicos Forato e Parationa Metílica. Os dois produtos fazem parte do grupo de agrotóxicos que vem passando por reavaliação da Anvisa para revisar os seus parâmetros de segurança.
No processo de registro de agrotóxicos no Brasil, cabe à Anvisa avaliar o impacto destas substâncias sobre a saúde humana, tanto do trabalhador rural como do consumidor.
Da Fase Nacional
Do Blog do Pedlowsky
A Organização Mundial da Saúde (OMS) acaba de publicar o seu relatório anual cujo tema é a prevenção dos suicídios que se tornaram um grave problema em escala global. Um fator que aparece como uma forma disseminada de suicídios é a ingestão de agrotóxicos.
Da Página do MST
O Ministério Público do Trabalho (MPT) está selecionando interessados em desenvolver estudos voltados à pesquisa, prevenção e ao tratamento de trabalhadores vítimas de intoxicação, de adoecimento decorrente de desastres ambientais, exposição a substâncias tóxicas ou acidentes de trabalho que envolvam queimaduras.
Da Anvisa
A Anvisa aprovou nesta terça-feira (09/12) duas iniciativas regulatórias para propor o banimento dos agrotóxicos Forato e Parationa Metílica. Os dois produtos fazem parte do grupo de agrotóxicos que vem passando por reavaliação da Anvisa para revisar os seus parâmetros de segurança. No processo de registro de agrotóxicos no Brasil, cabe à Anvisa avaliar o impacto destas substâncias sobre a saúde humana, tanto do trabalhador rural como do consumidor.


Por Brian Leung*
Do The Diplomat
Por Igor Felippe Santos *
Do Brasil 247
Antes de fazer qualquer avaliação, vamos apresentar um pressuposto: a agricultura é um setor importantíssimo da economia brasileira, que sustenta o superavit na balança comercial, com a exportação de produtos primários.
A soja em grão, o farelo de soja, a carne bovina, a celulose e os couros e peles estão no topo do ranking dos recordistas em vendas do país no mercado internacional, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Por Egon Heck*
Do IHU On-Line
Por Maura Silva
Da Página do MST
Na semana passada, dez pessoas foram internadas após ingerirem água de um riacho em Lajeadinho, Cacique Doble, no norte do Rio Grande do Sul.
Investigações preliminares dão conta de que a água utilizada para consumo pelos moradores da região estaria contaminada pelo “agente laranja” 2,4 D (2,4-Diclorofenoxiacético), um agrotóxico altamente nocivo para a saúde humana.
Por Maura Silva
Da Página do MST
O Ministério Público do Estado do Paraná enviou ao Conselho Estadual de Educação uma notificação na qual recomenda a revisão do conteúdo e metodologia utilizados no programa “Agrinho”, promovido pela FAEP (Federação da Agricultura no Estado do Paraná).
O programa tem como objetivo a formação de professores e dos alunos para a utilização do uso de agrotóxicos, tratando o tema como fator necessário para a expansão da economia agrária no país.
Por Camila Ribeiro
Do MidiaNews
A multinacional Bunge, do ramo do agronegócio e alimentos, é citada pela Polícia Federal como uma das empresas beneficiadas pelo esquema de fraudes no Programa Ambiental Itanhangá.
As operações fraudulentas – alvo de investigação na Operação "Terra Prometida" – tiveram início há pelo menos 12 anos.


Por Leandro Molina
O deputado Edegar Pretto protocolou na Assembleia Legislativa dois projetos de lei para impedir o uso abusivo de agrotóxicos no Rio Grande do Sul. Um proíbe a pulverização aérea de lavouras – por meio de aeronaves – em todo o território gaúcho. O outro proíbe a fabricação, comercialização e uso de produtos que contenham em sua fórmula a substância 2,4-D.
Da Página do MST
A Bancada Ruralista, que em 2015 elevará o número de cadeiras no Congresso Nacional de 205 para 273, já começa a trazer à tona projetos de interesse próprio.
Um deles é o Initial Public Offering (IPO) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Na prática o IPO consiste na abertura de capital da empresa, ou seja, ações ou cotas podem ser adquiridas em leilões de mercado.
Por Katia Lins
Da EcoDebate
O Ministério Público do Estado do Pará, por meio do Centro de Apoio Operacional Cível, em conjunto com a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) e órgãos que compõem a Comissão Estadual de Agrotóxicos, debateram a instalação do Fórum Estadual de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos no Pará.
Por Maura Silva
Da Página do MST
Nesta quarta-feira (03/12), Dia Mundial de Luta Contra os Agrotóxicos, diversos movimentos e organizações sociais realizaram um diálogo com a população sobre os perigos dos agrotóxicos através de uma rádio itinerante na Praça do Patriarca, na região central de São Paulo.
Por João Pedro Stedile
Do Portal Uol
O Brasil consome mais de um bilhão de litros de venenos agrícolas por ano. Isso representa 20% de todos os venenos consumidos no mundo, embora sejamos responsáveis por apenas 3% da produção agrícola mundial.
Despejamos 15 litros de venenos por hectare cultivado. Essa realidade não tem paralelo com nenhuma agricultura do mundo, nem há nenhum manual de agronomia que faça tal recomendação.


Do Brasil 247
A indicação da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para o Ministério da Agricultura esbarra em mais um problema. Além dela dividir o agronegócio, não agradar ao próprio PMDB, revoltar os movimentos sociais e estar prestes a ser julgada no Superior Tribunal de Justiça, ela cometeu mais um deslize, aos olhos do PT, neste fim de semana.
Da Campanha Contra os Agrotóxicos
De Belém a Porto Alegre, dezenas de cidades brasileiras já confirmaram mobilizações na próxima quarta-feira (3/12), Dia Internacional de Luta Contra os Agrotóxicos.
Os manifestantes vão denunciar os danos causados pelo modelo agrícola representado pela Bancada Ruralista e exigir mais estímulo à agroecologia, uma alternativa à produção de alimentos saudáveis e com capacidade de garantir a segurança alimentar da população através da agricultura familiar e camponesa.
Do Coletivo Candeia
Da Página do MST
Uma operação da Polícia Federal revelou que um grupo criminoso, composto por grandes fazendeiros, grilaram diversas terras públicas pertencentes a áreas de assentamento no Mato Grosso, que, juntas, valem R$ 1 bilhão.
O esquema dos latifundiários mostra a grande força do agronegócio no estado, que se vale de tudo para obter mais terras para explorar.
Por Keka Werneck
Do Portal Terra
Por Catarina Alencastro
Do O Globo
Um estudo envolvendo três ministérios sobre o que está acontecendo com a floresta amazônica revelou que até 2012, 60% da área desmatada na região foi convertida em pasto, um total de 450,8 mil quilômetros quadrados. Outros 23% vêm sendo regenerados, ou seja: terras desmatadas em processo de reconversão em floresta. E 5,6% dos desmatamentos viraram culturas agrícolas, principalmente soja. Ao todo, 18,5% da Amazônia já foram desmatados, uma área de 751.340 quilômetros quadrados.


Do Brasil 247
Depois de rachar o Agronegócio, desagradar o PMDB e revoltar movimentos sociais, a indicação da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para o Ministério da Agricultura pode esbarrar num novo obstáculo: o de crime eleitoral.
Da CPT
Por Valmir Assunção*, em discurso, via e-mail
Um Governo, eleito pelas forças populares, por quem acredita em mudanças, não pode sucumbir antes mesmo de começar.
Aqui faço coro às diversas manifestações de movimentos sociais, intelectuais, militantes partidários que repudiam veementemente a presença da presidenta da CNA, Kátia Abreu e Joaquim Levy, no quadro executivo.
Tivemos uma campanha vitoriosa, mas bastante difícil.
Do EcoDebate
Seis milhões de litros. É o volume usado em 2010 do inseticida metamidofós em lavouras mato-grossenses. Ele está no topo de duas listas: o segundo mais utilizado no estado e na classe mais perigosa à saúde. Uma gota pode matar um homem adulto. O contato com o agrotóxico pode causar paralisias, convulsões, perda de memória e levar até ao desenvolvimento do Mal de Alzheimer.
Por Marcelo Pellegrini
Da CartaCapital
A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), tida como nome certo para assumir o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no segundo mandato de Dilma Rousseff, divide opiniões de forma radical. Caso seja confirmada, a nomeação agrada ao agronegócio na mesma proporção em que indigna os movimentos sociais. Para vários grupos, a presença de Kátia Abreu no ministério é uma “traição” aos apoiadores de esquerda que trabalharam pela eleição de Dilma.


Por Felipe Milanez
Da CartaCapital
Um ‘bom vizinho’ utiliza as instituições do Estado para benefício próprio em detrimento da destruição ecológica, dos bens comuns e do dinheiro público


Do Instituto Socioambiental
A isenção do deputado federal Leonardo Quintão (PMDB-MG) para ocupar o cargo de relator do novo código de mineração está sendo questionada mais uma vez. Na quinta (20/11), o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) apresentou, na comissão especial que discute o projeto, uma questão de ordem que pede a substituição de Quintão.
Da Página do MST
A presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Kátia Abreu (PMDB-TO), está sendo convidada pela presidenta Dilma Rousseff para assumir o comando do Ministério da Agricultura.
Apesar da nomeação já ser aguardada há algumas semanas, como parte das negociações para assegurar o espaço do PMDB no novo governo, diversos setores da sociedade se dizem abismados com a possibilidade de um governo do PT abrigá-la num ministério de Estado.

Por Pedro Calvi
Do EcoDebate e Instituto Federal do Paraná
Recente pesquisa do Instituto Federal do Paraná (IFPR), coordenada pelo professor Roberto Martins, aponta que mais de 300 mil hectares no Paraná são propriedade de apenas uma fábrica de celulose e papel. O município de Imbaú é um dos mais afetados pela monocultura. Cerca de 40% do território estão cobertos pela produção industrial de árvores, em grande parte por eucalipto e pinus. Também enfrentam problemas com esse tipo de produção, os municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira.


Por Júlio Carignano
Crédito: Júlio Carignano
Por Manuel Alves Filho
Do Jornal da Unicamp
Da Página do MST
O glifosato, também conhecido como “mata-mato”, é o herbicida mais utilizado no Brasil e no mundo.
Comercializado pela Monsanto com o nome de Round Up, o agrotóxico mata praticamente todos os tipos de plantas, exceto as geneticamente modificadas para serem resistentes.
Da Página do MST*
Na semana passada, em Bruxelas, o Parlamento Europeu votou o novo texto que reintroduziu o direito dos Estados Membros uma base jurídica sólida que lhes permita proibir, nos seus territórios, o cultivo de Organismos Geneticamente Modificados (OGM).
A Comissão Meio Ambiente do Parlamento emendou o acordo alcançado pelo Conselho da UE em junho, que continha muitas falhas e era contrário ao voto expresso no Parlamento anterior.
Por Melquíades Júnior
Do Diário do Nordeste
Reafirmando a decisão judicial de primeira instância, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) manteve, ontem, a decisão que condena a multinacional Delmonte Fresh Produce pela morte do trabalhador rural Vanderlei Matos, contaminado pela exposição crônica a agrotóxicos na Chapada do Apodi, em Limoeiro do Norte. A empresa, que havia entrado com recurso, terá que pagar indenização por danos morais e materiais, além de verbas trabalhistas a Maria Gerlene Silva Matos, viúva de Vanderlei.
Por Maura Silva
Da Página do MST
Fundada em 1993 por empresários da cadeia produtiva, a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) foi criada com a missão de valorizar a imagem do agronegócio na sociedade civil e política.
Com discursos como “Agronegócio: sua vida depende dele”, a ABAG se insere dentro de escolas públicas para formar a “nova imagem” de um dos setores que mais lucra no país.
Da Campanha contra os Agrotóxicos
As eleições passaram e o Congresso Nacional não poderia ter ficado pior: mais da metade dos seus membros diz se identificar com a chamada Bancada Ruralista. Além de afrontarem os direitos de indígenas e quilombolas, este grupo suprapartidário é responsável pela aprovação de leis que facilitam o uso de mais agrotóxicos.


Por Esther Vivas
Do Público.es
Da Agência Fiocruz
Um estudo elaborado pelo aluno de doutorado em Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Cleber Cremonese, observou que grande parte dos agrotóxicos apresenta capacidade de desregulação do sistema endócrino humano, o que altera os níveis de hormônios sexuais e causa efeitos adversos, principalmente sobre o sistema reprodutor.
Do MPF-ES
Atendendo pedido do MPF, TRF2 negou pedidos da Fibria e do BNDES para cassar liminar proibindo qualquer financiamento destinado ao plantio de eucalipto ou à produção de celulose
O Ministério Público Federal conseguiu manter, na Justiça, a liminar que suspende o financiamento por parte do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à Fibria, maior empresa brasileira de celulose e papel, destinado ao plantio de eucalipto ou à produção de celulose em área de quilombolas no Norte do Espírito Santo.
Da Rede Brasil Atual
Da Terra de Direitos

Da Repórter Brasil
A história da cana-de-açúcar confunde-se com a do próprio Brasil. Atualmente, o setor sucroalcooleiro ainda é um dos mais relevantes e expressivos na economia brasileira, devido à exportação de açúcar e do bioetanol, ambos produtos da cana-de-açúcar. Contudo, é preciso ressaltar que nem sempre as condições dos trabalhadores dessa atividade são adequadas.
Cortadores de cana e operadores de máquina estão constantemente submetidos a sérias violações trabalhistas, incluindo casos de trabalho escravo.
Do Brasil de Fato
A BRF (Brasil Foods), detentora da Sadia e da Perdigão, foi condenada nesta terça-feira (21) pela Justiça do Paraná a pagar uma indenização de R$ 4,3 milhões por ter descumprido o Tratado de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado em 2001, com o Ministério Público do Trabalho do Estado (MPT-PR) em que elencava uma série de readequações dos direitos trabalhistas de seus funcionários.
Por Viviane Tavares
Da Fiocruz
O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Embora trágico, isso já não é mais novidade. No entanto, recentes pesquisas latino-americanas mostram que, além da intoxicação via alimentos, os trabalhadores também tem sofrido com esse impacto. E essa realidade está longe de ser mudada. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na safra 2010/2011, o consumo foi de 936 mil toneladas de agrotóxicos, movimentando US$ 8,5 bilhões entre dez empresas que controlam 75% desse mercado no país.
Por Silvio Anunciação
Do Jornal da Unicamp
Elas se autodescrevem como camponesas. São agricultoras, meeiras, sem-terra, boias-frias, assentadas, extrativistas... Em sua maioria, índias, negras e descendentes de europeus. Para a jornalista e pesquisadora da Unicamp Márcia Maria Tait Lima, que estudou este grupo de mulheres no Brasil e Argentina, as camponesas dos dois países são, hoje, protagonistas da luta contra o modelo de agricultura industrial, contra as sementes transgênicas e pela soberania alimentar na América Latina.
Por Deutsche Welle
De mãos atadas pela bancada ruralista em alguns temas, Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) travam poucos debates sobre meio ambiente e evitam firmar grandes compromissos. Ainda que de forma tímida, temas como demarcação de terras indígenas e incentivo à conservação de florestas estão em seus planos de governo, mas têm poucas chances de avançar no Congresso.
Por Monyse Ravenna
Campanha contra os Agrotóxicos e pela vida – Pernambuco
Por Lauro Veiga Filho
Do Valor
Ao longo de anos de maus tratos, a Amazônia Legal perdeu em torno de 900 mil quilômetros quadrados de florestas, correspondendo a aproximadamente 18,2% de sua área total, em torno de 5 milhões de km2, segundo estimativa do diretor do Departamento de Política para o Combate ao Desmatamento do Ministério de Meio Ambiente (DPCD/MMA), Francisco Oliveira.
Da Campanha Contra os Agrotóxicos
O pesquisador Pedro Henrique de Abreu defendeu este ano, na Unicamp, dissertação de mestrado que em que investigou a viabilidade do uso seguro de agrotóxicos. A conclusão é taxativa: "[não existe] viabilidade de cumprimento das inúmeras e complexas medidas de “uso seguro” de agrotóxicos no contexto socioeconômico destes trabalhadores rurais."
Por Darío Aranda
Do Página/12*

Por Renato Santana
Do Cimi


Por Caroline Stevan
Do Letemps*
Durante quase três anos, Álvaro Ybarra Zavala, fotógrafo espanhol, fotografou a indústria alimentar questionando seus excessos.
Algumas de suas fotos em preto e branco foram apresentadas em Perpignan, no Festival de Fotojornalismo Visa pour l’image.
Por João Fellet
Da BBC Brasil
Responsável por uma fatia cada vez maior da economia brasileira, o setor nunca esteve tão presente nos discursos, agendas e alianças dos candidatos que lideram a corrida presidencial.
Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) têm se reunido com representantes do segmento de olho em doações para suas campanhas, no poder do grupo em influenciar votos e na sua força no Congresso.
Por Juliana Dias
Da Malagueta


Por Víctor M. Quintana S.*
No México, o que está em jogo nestes dias e nestes meses com relação ao campo não é somente um projeto de mais seis anos de reformas no meio rural, é a imposição de um modo civilizatório que contribui para o aquecimento global, prejudica a sociedade e tenta impedir o surgimento de uma alternativa humanista dessa mesma sociedade.
1. Esgota-se fase do neoliberalismo
Por Graciela Vizcaya Gomez
Do Ecos de Romang*
Autorizar transgênicos viola os direitos das pessoas. A Costa Rica dá um grande passo à frente contra os transgênicos, que muitos esperam ser um exemplo para outros países. A Suprema Corte de Justiça, Sala Constitucional, com seu voto de 10 de setembro de 2014, decidiu que a maneira como são concedidas as licenças para autorizar os transgênicos é inconstitucional e viola os direitos dos cidadãos costarriquenhos.


Da Página do MST
Ela bem que tentou fugir do estigma de ruralista escondendo uma modesta propriedade rural. Mas não conseguiu por muito tempo.
A senadora Ana Amélia (PP), uma das líderes na corrida eleitoral ao governo do Rio Grande do Sul, foi desmascarada e recebeu o honroso título de ruralista.
Por João Fellet
Da BBC Brasil
"Estávamos habituados a ir atrás dos candidatos à Presidência para levar nossos pedidos, mas pela primeira vez eles é que estão nos procurando". A declaração, feita à BBC Brasil pelo ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, expõe a força do agronegócio nesta eleição.
Por Darío Aranda
Do Página 12
A comunidade das Malvinas Argentinas, Córdoba, contou com celebrações massivas e tem um motivo principal: há um ano freiam a Monsanto, a maior empresa do agronegócio do mundo.


Por Teoney Araújo Guerra
Da Página do MST


Da Página do MST
O deputado Paulo César Quartiero, candidato pelo DEM de Roraima, é mais um que integra a nossa lista da bancada ruralista.
Da Procuradoria Regional da República
A Procuradoria Regional da República da 1ª Região (PRR1) pediu urgência no julgamento que irá decidir se a importação e o uso do agrotóxico benzoato de emamectina no Estado do Mato Grosso é permitida ou não. A decisão será proferida pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região(TRF1), em Brasília.
Do Noticias Aliadas*
Segundo a Sociedade Peruana de Ecodesenvolvimento (SPDE) “grupos empresarias com interesses e investimentos no cultivo no óleo de palma vêm adquirindo áreas rurais mediante ofertas de compra feitas aos pequenos agricultores e a invasão de áreas para obriga-los a vender suas terras, assim como mediante trato feito diretamente com funcionários públicos”.


Da Página do MST
O empresário rural Junji Abe (PSD/SP) busca se reeleger como deputado federal nestas eleições. Com um fortes vínculos com o setor ruralista, recentemente se tornou parte integrante da bancada ruralista, legislando em favor dos hortifrutigranjeiros.


Da Página do MST
Eunício Lopes, senador e candidato ao governo do estado do Ceará pelo PMDB, é mais um agropecuarista e empresário brasileiro que integra a bancada ruralista do Congresso.
No primeiro mandado do então presidente Luis Inácio Lula da Silva, foi Ministro das Comunicações de 2004 a 2005. Eunício foi também líder do PMDB na Câmara dos Deputados no ano de 2003.


Por Sergio Lirio
Da Carta Capital
Por Stefano Wrobleski
Da Repórter Brasil
O Ministério Público Federal (MPF) iniciou uma investigação contra a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) por interferência indevida na tramitação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215, que tenta transferir ao Congresso Nacional a competência pela demarcação de terras indígenas no país.
Da Página do MST*
A Monsanto tenta criar um novo modelo de produção e comercialização na Argentina para sua nova espécia de soja, chamada Intacta, que restringe os produtores de comercializar, processar e armazenar o produto, enquanto dá tarefas de fiscalização e retenção a determinadas empresas de sementes.
“Esse sistema se encontra em processo de desenvolvimento. O uso da tecnologia Intacta estará limitado ao território (Corrientes, Entre Ríos, Santa Fe, Córdoba, Buenos Aires, La Pampa e São Luis)".
Do MPT de Mato Grosso
O frigorífico JBS, dono da marca Friboi, recebeu nova condenação por desrespeitar os direitos trabalhistas. Dessa vez foi condenado em R$ 2 milhões por danos morais coletivos por não conceder aos funcionários, que trabalham em ambientes artificialmente frios das fábricas em Pontes e Lacerca, a 450 km de Cuiabá, locais adequados para fruição do intervalo de recuperação térmica.
Por La Rel - UITA
Podem as grandes multinacionais agroquímicas se converterem nos donos dos alimentos que a Terra produz? Podem essas mesmas empresas transformar a natureza e suas sementes em sua exclusiva propriedade privada?
A resposta provoca espanto: Sim! Por esse motivo, a fonte dos alimentos do planeta em que vivemos está hoje em risco. Dez empresas agroquímicas são donas de 73% das sementes que existem no mercado internacional.


Da Página do MST
162 deputados e 11 senadores. Essa é a maior bancada do Congresso Nacional, conhecida como Bancada Ruralista, sob a sigla de Frente Parlamentar da Agropecuária.
Agora, na atual corrida eleitoral, são 12 o número de candidatos dessa bancada que procuram a reeleição, e que a Página do MST traz um pouco sobre o histórico de cada um e suas principais políticas no parlamento brasileiro.