Ruralistas da região querem uma desocupação forçada da área, uma prática recorrente de violência no campo contra os/as trabalhadores/as, com apoio da polícia
Avião fumigador da granja vizinha vem constantemente pulverizando agrotóxico nas casas, plantios agroecológicos e vegetação nativa do assentamento no RS
Entidades vêm a público repudiar mais um dos incessáveis ataques ao campo dos direitos humanos no Brasil e à sociedade civil brasileira. Na manhã do dia 27 de agosto, recebemos a grave denúncia de intervenção no Conselho Nacional de Direito
As famílias viveram momentos de muita tensão, além de disparar com armas de fogo indiscriminadamente pelo acampamento, os pistoleiros atearam fogo em cinco barracas
Diante dos últimos acontecidos no Brasil percebemos que os mecanismos de justiça, de garantia dos direitos e segurança, em quase todas as chacinas, massacres e assassinatos nos conflitos agrários, não são levados a tempo
A lição do companheiro professor Florestan Fernandes nos orienta e nos anima neste momento de resistência: "Não se deixar esmagar, não se deixar cooptar, lutar sempre!"
Em 2014 a Fazenda Santa Tereza de propriedade do latifundiário Rafael Saldanha, foi ocupada por cerca de 1200 famílias organizadas pelo MST. Desde a primeira semana de ocupação as famílias sofrem com intimidações
Diante do risco e da incapacidade do estado em garantir a segurança dos acampados contra os criminosos, decidiu-se pela saída das famílias antes que situação se agravasse ainda mais.
Em todos os contatos com as forças policiais do Estado, as famílias disseram claramente que o objetivo principal era se organizar para que o direito à terra fosse alcançado através de luta e reivindicação.
As famílias vivem e produzem na área do acampamento a cerca de 1 ano e 10 meses. Elas afirmam que esta não é a primeira vez que o dono da fazenda realiza ações de despejo ameaçando a vida das pessoas.
A situação de conflito no local vem aumentado desde que a ação de reintegração de posse foi julgada e negada em 2014. Na época foi comprovada que a área pertence à União.
Segundo a direção estadual do Movimento, desde o dia 11 de outubro as famílias estão sofrendo com ameaças, até o momento dois barracos foram incendiados.